Venezuela oferece oxigênio ao Amazonas para minimizar colapso na Saúde: “solidariedade latino-americana”

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Acompañado por su esposa, Rafael Pereira lleva una botella de oxígeno que compró para su suegra, internada con COVID-19 en plena pandemia en el hospital 28 de Agosto, en Manaos, Brasil, el 14 de enero de 2021. Decenas de pacientes con coronavirus fueron trasladados fuera de la mayor ciudad de la Amazonía brasileña ante el colapso del sistema de salud y la falta de botellas de oxígeno. (AP Fotos/Edmar Barros)

O governo da Venezuela se colocou à disposição para disponibilizar oxigênio para atender os hospitais do estado do Amazonas, que vive um cenário caótico devido ao aumento de casos e mortes causados pela pandemia do novo coronavírus.

Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, usou as redes sociais para ressaltar que a “solidariedade latino-americana” está acima de tudo.

“Por instruções do presidente Nicolás Maduro, conversamos com o governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, para disponibilizar imediatamente o oxigênio necessário para atender o contingente de saúde em Manaus. Solidariedade latinoamericana acima de tudo!’, escreveu Arreaza.

O governador Wilson Lima (PSC) agradeceu prontamente o gesto e Arreaza afirmou ser “sempre uma honra poder dar uma mão ao povo do Brasil, principalmente em momentos tão complexos. Para o Bolivariano, a solidariedade é um dever.”

A demanda por oxigênio hospitalar explodiu diante do aumento de casos de coronavírus no estado. Estima-se que há uma necessidade de consumo do insumo de mais de dez vezes mais do que a média.

De acordo com a “Folha de S.Paulo”, empresas aumentaram a produção até o limite e buscam soluções por meio de importação. A White Martins, principal fornecedora de oxigênio para o estado amazonense, afirmou que atuará na importação do oxigênio vindo da Venezuela.

Mesmo com uma crise sem precedentes durante a noite desta quinta-feira (14), o Jair Bolsonaro (sem partido) promoveu sua transmissão semanal nas redes sociais. O presidente esteve ao lado de Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, que admitiu que a Manaus vive uma situação de colapso.

“A procura por oxigênio na capital subiu seis vezes, então, já estamos aí em 75 mil metros cúbicos de demanda de ar na capital e 15 mil metros cúbicos no interior. Estamos já com a segunda aeronave entrando em circuito hoje, a C-130 Hércules, fazendo o deslocamento Guarulhos – Manaus, e a partir de amanhã [sexta-feira,15] entram mais duas e chegaremos a seis aeronaves, totalizando ai algo em torno de 30 mil metros cúbicos por dia, a partir de Guarulhos. Nessa ponte aérea, existem também os deslocamentos terrestres”, afirmou o ministro.