Feirantes vendem produtos por aplicativo após suspensão do comércio por causa do coronavírus em MT

A feirante Tereza de Jesus, vende pamonhas há 24 anos na feira da cidade, e contou que todos os sábados e domingos vendia cerca de 350 unidades. Com a proibição das feiras livres, ela está conseguindo vender em torno de 90 pamonhas com o aplicativo.

“Depois que veio o decreto proibindo as feiras, nós começamos a fazer delivery. Mas nunca é a mesma coisa da feira, porque o pessoal é acostumado a comprar indo na feira. E comer batendo papo”, contou Tereza.

O aplicativo pode ser encontrado com o nome Feira Digital Tangará da Serra na internet. Os feirantes explicaram que os clientes acessam o aplicativo, escolhem o que desejam comprar e o produto é entregue diretamente na casa pelos próprios feirantes.

Rosangela Neres comprou usando o aplicativo e disse que aprovou o sistema. “A gente compra pelo aplicativo, eles vem até a gente e isso é ótimo”, contou.

O horticultor Gilberto dos Santos contou que no começo conseguiu ter boas vendas com o aplicativo mas depois de um tempo, os pedidos caíram. Ele atribui a dificuldade pelo fato que os clientes ainda não sabem do aplicativo.

Ele ainda contou que depois da suspensão das feiras, as vendas reduziram em mais de 60%. A preocupação são com os alimentos nas hortas que podem ser prejudicados se não forem vendidos em um tempo certo, pois é preciso ser colhido.

“Eu acredito se não voltar à normalidade, nós vamos sofrer graves consequências, ainda mais nas hortaliças. Se a gente não voltar a trabalhar como antes vai ficar difícil”, explicou Gilberto.

Os feirantes ainda disseram que devido a grande procura por alimentos, o preço dos produtos tiveram uma queda. Portanto, com a redução de vendas devido a proibição de mobilidade e o preço baixo, eles estão passando mais dificuldades em conseguir renda.

O secretário municipal de Agricultura, disse que aguarda um novo decreto pelo prefeito sobre novas medidas a serem adotadas com a feiras livres pelo município. Ele ainda informou que os contratos de agricultura familiar que fornecem parte da merenda escolar serão mantidos.