Sono ruim e o coração: novo estudo revela impacto em poucos dias
Dormir mal pode trazer sérias consequências para a saúde do coração — e mais rápido do que se imaginava. Segundo um novo estudo da Universidade de Uppsala, na Suécia, apenas três noites de sono insuficiente já são capazes de promover alterações no corpo ligadas ao risco de doenças cardiovasculares. A pesquisa foi publicada na revista científica Biomarker Research.
A pesquisa: como o sono afeta o risco cardiovascular
O estudo analisou 16 homens saudáveis, com peso normal e bons hábitos de sono. Durante a pesquisa, os participantes passaram duas sessões no laboratório do sono, com refeições e atividades físicas controladas.
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Em uma das fases, dormiram normalmente por três noites.
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Na outra, dormiram apenas quatro horas por noite, também por três noites.
A equipe coletou amostras de sangue dos voluntários antes e depois de exercícios intensos. O resultado mostrou que a privação de sono elevou os níveis de diversas proteínas ligadas à inflamação — muitas delas associadas a doenças como insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana.
Sono ruim afeta até jovens saudáveis, alerta especialista
“Muitos estudos anteriores focaram em pessoas mais velhas. O que nos surpreendeu foi observar o mesmo efeito em jovens saudáveis”, explicou o médico Jonathan Cedernaes, líder do estudo. “Isso reforça que o sono é essencial para a saúde do coração em todas as idades”, completou.
Cedernaes também destacou que mais pesquisas são necessárias para compreender os impactos da privação de sono em mulheres, idosos e pacientes com problemas cardíacos.
Consequências da insônia e como melhorar o sono
Segundo a Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia. Além de afetar o coração, noites mal dormidas podem causar:
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Irritabilidade e estresse;
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Ganho de peso;
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Redução da capacidade cognitiva.
Dicas para melhorar a qualidade do sono
Confira algumas recomendações importantes para dormir melhor:
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Estabeleça uma rotina: tente dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias.
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Evite telas à noite: celulares e TVs emitem luz azul que prejudica a melatonina.
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Cuide da alimentação: evite alimentos pesados ou cafeína no período noturno.
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Ambiente adequado: mantenha o quarto escuro, silencioso e confortável.
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Pratique relaxamento: meditação, leitura leve ou respiração profunda ajudam a desacelerar.