Efeito Americanas? Nova varejista confirma renegociação de dívidas e ações despencam

Os papéis ficaram abaixo de R$ 1 pela primeira vez desde que a Marisa abriu capital em 2007

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A Marista, varejista que atua no ramo de vestuário, confirmou esta semana que contratou especialistas para renegociação de dívidas e apoio na otimização de custos.

  • Segundo a empresa, no segundo trimestre do ano passado sua dívida era de R$ 603,4 milhões.
  • No mesmo período, foi registrado prejuízo na ordem de R$ 27,8 milhões por aumento nos gastos.
  • Já no terceiro trimestre do ano passado, a dívida caiu para R$ 566,1 milhões, em contrapartida, o prejuízo subiu para R$ 97,5 milhões. Na época, a taxa de juros nas alturas foi citada como justificativa para o resultado.

Além da reestruturação nas finanças, a Marisa também anunciou a renúncia do presidente-executivo Adalberto Pereira Santos. O vice-presidente comercial, Alberto Kohn de Penhas, assumiu interinamente a presidência, informou a empresa.

Ações em queda livre

  • As ações da varejista desabaram nesta quinta-feira (9) após os anúncios, fechando o pregão com queda de 22,64%.
  • Os papéis chegaram a ficar abaixa de R$ 1 pela primeira vez desde que a Marisa abriu capital na bolsa em 2007, sendo negociados a R$ 0,82.
  • A queda acumulada no ano passado ficou em 67,1% e já está em 29,6% em 2023.

Americanas não vai pagar aluguéis atrasados?

Vale lembrar que a Americanas comunicou em janeiro inconsistências em seu balanço fiscal. Foram encontrados financiamentos que somam R$ 20 bilhões, o que levou a saída do presidente da companhia, Sérgio Rial e do diretor de relações com investidores da Americanas, André Covre.

Nesta sexta-feira (10), na reviravolta mais recente do caso, a empresa está notificando shoppings onde possui lojas físicas que os aluguéis devidos até a data da concessão do seu pedido de recuperação judicial — 19 de janeiro —, não serão pagos.