Operação contra crimes eleitorais já levou a 34 prisões, diz Ministério da Justiça

Operação Eleições, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, começou na segunda (26). Desde o início da campanha, em agosto, R$ 3 milhões foram apreendidos.

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou neste sábado (1º) que 34 pessoas foram presas desde a segunda (26), quando teve início a Operação Eleições, que visa combater crimes eleitorais e garantir a segurança e proteção dos eleitores e servidores da Justiça Eleitoral.

Ainda de acordo com o ministério, desde o início da campanha eleitoral, em agosto, R$ 3 milhões foram apreendidos em casos de suspeita de crime eleitoral. Desse total, R$ 1 milhão foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal nesta semana.

Só neste sábado, véspera do primeiro turno das eleições, 11 pessoas foram presas e R$ 90 mil foram apreendidos apenas pela Polícia Federal no país, informou o ministério. Desses, sete casos foram de crimes eleitorais relacionados a compra de votos.

Na sexta-feira (30), em Maceió (AL), a Polícia Federal apreendeu R$ 146 mil e santinhos de dois candidatos, um a deputado federal e o outro a deputado estadual, por suspeita de crime eleitoral.

A apreensão ocorreu em um hotel de luxo, na orla de Maceió. O dinheiro estava em uma bolsa e um dos assessores que estava no local conseguiu fugir. Não houve prisão.

O monitoramento é concentrado no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi). As 27 secretarias de Segurança, dos estados e do Distrito Federal, também participam.

Ao todo, diz o ministério, as ações de segurança vão empregar 500 mil agentes durante as eleições deste domingo (2).

De acordo com a pasta, o “efetivo vai atuar em possíveis atos de violência e crimes eleitorais, como boca de urna, transporte ilegal de eleitores, compras de votos e propaganda irregular”.

“Essa operação é para as pessoas poderem votar livremente e com segurança”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Proibição a arma

Questionado sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir o porte de armas e munições por colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) durante as eleições, Torres, afirmou se tratar de uma regra “difícil de ser cumprida”.

“É uma regra muito difícil de ser cumprida. Acho que as regras, antes de a gente fazer, a gente tem que ter muito cuidado antes de criar regras e criar dificuldades. Imagina cumprir isso, nessa quantidade de urnas, com mais de 90 mil postos de votação. Mas estaremos atentos a isso e o que interessa é fazer uma eleição segura”, afirmou Torres.

Segundo a proposta aprovada pela Corte, fica proibido o transporte de armas e munições em todo território nacional por parte dos CACs, sob pena de prisão em flagrante, por porte ilegal de arma, em caso de descumprimento.

A proibição vale para a véspera, para o dia das eleições e para as 24 horas do dia seguinte ao pleito.

As medidas têm o objetivo de evitar casos de violência nos dias das eleições diante do cenário de polarização política e acirramento entre adversários.