Moraes tem nova reunião com Defesa na terça sobre teste com biometria em urnas

No último encontro entre os dois, em agosto, ficou acertada possibilidade de Corte e Forças Armadas apresentarem projeto-piloto para atender militares

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Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes terá uma nova reunião com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, na próxima terça-feira (13), sobre a proposta dos militares de realizar o teste de integridade nas urnas eletrônicas com biometria de eleitores.

No último encontro entre os dois, em 31 de agosto, ficou acertada a possibilidade de as áreas técnicas da Corte eleitoral e das Forças Armadas apresentarem, em conjunto, um projeto-piloto para atender a demanda dos militares.

A despeito da elaboração da proposta experimental, no entanto, a Defesa reconheceu a validade e importância do teste de integridade no modelo executado pelo TSE desde 2002. Isso significa que a auditoria está mantida para o pleito deste ano e com o apoio da Defesa.

Desde a conversa no fim de agosto, a expectativa era de que o TSE fizesse uma consulta aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para, então, definir o número de urnas que podem ser submetidas ao teste de integridade com biometria de eleitores.A ideia era ter um diagnóstico preciso da capacidade de pessoal, infraestrutura e logística para, a partir disso, definir a implantação do sistema.

Hoje, os testes são realizados nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no mesmo dia da eleição, e são acompanhados por empresa de auditoria externa. O objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento. Neste ano, o TSE ampliou de 100 para 600 o número de urnas testadas no dia da eleição.

A proposta dos militares é que os testes sejam realizados nas seções eleitorais e com a participação de eleitores reais, que usarão a biometria para destravar as urnas que serão testadas. De acordo com os técnicos das Forças Armadas, a participação dos eleitores é fundamental para garantir maior segurança do sistema de votação.

Depois de as urnas serem destravadas por meio da biometria, o teste segue o método utilizado pelo TSE desde 2002. Ou seja, o restante do processo de aferição do equipamento, com uma votação simulada, será feito pelas equipes da Justiça Eleitoral, como acontece anualmente.