Prova de vida deixa de ser presencial e terá maior fiscalização pelo INSS

Órgão retirará exigência de ida de aposentados e pensionistas a agências para garantir recebimento de benefícios

370

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (2) as mudanças na prova de vida que aposentados e pensionistas precisam fazer para receber os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com as mudanças, não será mais necessário ir presencialmente a uma agência bancária ou do órgão para realizar a comprovação.

Segundo o presidente do INSS, José Carlos Oliveira, a prova de vida será feita ativamente pelo instituto, a partir do cruzamento de bases de dados, usando dados de órgãos do governo e também de bases privadas.

A renovação de passaporte, carteira de motorista, carteira de identidade, comprovante de voto, transferência de bens, registro de vacinação ou de consulta no SUS contarão como prova de vida.

O objetivo, segundo Oliveira, é retirar a necessidade de deslocamentos que cerca de 35 milhões de brasileiros precisam realizar anualmente para comprovar que estão vivos. Ele citou, ainda, um percentual baixo de brasileiros que são enterrados sem certidão de nascimento.

Oliveira afirmou que, caso o INSS não encontre nenhum dado que comprove que o beneficiado está vivo, o INSS fornecerá meios para que um servidor público faça a captura biométrica do segurado em sua casa, “para que ele não saia mais da residência”.

Segundo o governo, a verificação passará a ser feita “de forma proativa”. O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, afirmou que a prova de vida passa a “ser responsabilidade nossa”.

Lorenzoni disse ainda que, em 2023, o objetivo é permitir a realização da prova de vida a partir de uma foto tirada em celular. Em 2022, a prova de vida segue suspensa.