‘Viúva negra’: Mulher é presa por planejar morte de marido para ficar com seguro

A operação recebeu o nome de "Viúva Negra", em alusão à aranha conhecida por matar o companheiro.

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Na manhã desta quinta-feira (27) uma mulher de 41 anos foi presa preventivamente por suspeita de planejar, junto com o filho, a morte do próprio marido para ficar com um seguro de vida do companheiro. Ela também aguardava receber uma indenização de uma ação trabalhista, esperada pelo companheiro Alex Fabiano Bueno Maciel, 48.

A operação recebeu o nome de “Viúva Negra”, em alusão à aranha conhecida por matar o companheiro.

O crime ocorreu em junho do ano passado em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com a hipótese de latrocínio, porém, os investigadores perceberam que a cena do crime havia sido forjada e passaram a trabalhar com a hipótese de homicídio premeditado, o que acabou se confirmando.

O nome da mulher e os valores do seguro de vida e da indenização não foram divulgados pela Polícia Civil. Porém, o montante é considerado “expressivo”, segundo um dos policiais que participou da investigação.

Segundo a Polícia Civil, além dela, outras quatro pessoas são investigadas por suposta participação no crime. Dos quatro, três estão presos por outros crimes e um acabou morto.

Entre os suspeitos, está o filho da mulher, de 22 anos, que teria ajudado a mãe no planejamento e tinha uma desavença com o padrasto por causa do envolvimento do rapaz no mundo do crime. Ele tem passagens na polícia por receptação e clonagem de carros e está preso por tráfico desde o dia 9 de abril do ano passado.

Um amigo do jovem, de 24 anos, também preso por tráfico, é apontado como intermediário entre o enteado e os dois suspeitos de serem executores do crime — um deles, morto nove dias após o crime, ao tentar roubar um posto de gasolina e trocar tiros com um PM e um segundo, preso em 11 de janeiro, após confessar participação na morte de Maciel.

Segundo a polícia, a companheira é suspeita de facilitar a entrada e a saída dos executores da residência. Pelo plano, a porta da casa seria deixada aberta e o controle remoto do portão teria sido deixado sobre a mesa para agilizar a fuga.