Autônomo colhe mandioca de quase 1,2 metro e mais de 30 kg do quintal de casa

Colheita foi feita em casa no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. ‘Quem viu se surpreendeu’, diz Francisco Lima Messias.

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O autônomo Francisco Lima Messias, de 59 anos foi pego de surpresa ao encontrar uma mandioca gigante no quintal da casa onde morava, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Com quase 1,2 metro de comprimento e mais de 30 quilos, a mandioca chamou atenção.

Ele contou ao G1 que a colheita da mandioca foi feita há cerca de duas semanas no quintal da casa onde morava com a ex-mulher, no bairro 25 de Agosto.

“Nesse local eu tinha várias plantações que eu ia arrancando conforme ia precisando para comer em casa mesmo e esse pé foi ficando lá. Eu já tinha arrancado lá de outros pés de seis quilos, que pra mim já é até um pouco anormal. Mas, essa veio para surpreender mais ainda. Quem viu se surpreendeu”, disse o autônomo.

Messias afirmou ainda que a mandioca não estava em condições de consumo e que ainda tentou fazer a doação para pesquisa, mas não conseguiu nenhum contato e a raiz acabou entrando em decomposição.

“Ainda tem umas para retirar lá, acho que tem uma grande, mas não desse tamanho. Teve essa de 30 quilos, outra de 29 quilos e outras menores que deram 12 quilos”, contou.

Por que tão grande?

O agrônomo e pesquisador da Embrapa em agricultura familiar, Amauri Siviero, explicou que, apesar do tamanho da raiz, não é tão raro de ser encontrado ou considerado anormal. Segundo ele, quando a mandioca é deixada na terra por muito tempo, a tendência é que ela cresça mais que o normal.

E foi exatamente o que aconteceu. Messias contou que a raiz tinha sido plantada há pouco mais de três anos.

“Nós temos essa cultura de, por ano, ir lá cortar e plantar outra, mas se deixar, como aconteceu na casa desse homem, no fundo do quintal, sem cortar, a raiz vai crescendo indeterminadamente. Isso porque ela é uma planta perene, nós é que anualmente cortamos na agricultura”, explica o pesquisador.

Ainda conforme o agrônomo, quanto mais tempo ela fica embaixo da terra, mais dura fica a raiz e impossibilita o consumo por meio do cozimento.

“Passando dos oito meses, já começa a ficar dura. Para fazer farinha, com essa idade e com essa espessura como a do senhor que colheu, ela já vai ficando fibrosa, vai diminuindo o amido e aumentando a fibra. Então, não é importante, não tem rendimento”, afirmou Siviero.