Nas viagens de ônibus, cinto de segurança é ignorado, diz pesquisa

O uso do cinto é obrigatório, mas, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres, seis em cada dez passageiros não ligam para a lei nem para a segurança.

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Uma pesquisa concluiu que passageiros de ônibus têm se esquecido de uma medida importante de segurança.

Francisco Rosivan Moreira vai conferindo as passagens e, antes de pegar no volante do ônibus, vai dar o aviso de sempre.

“Boa tarde a todos. Meu nome é Rosivan e a gente indica: por gentileza cintos segurança, que é medida segurança”.

Para alguns é automático.

“É a primeira coisa. Estou tão acostumada a colocar que até quando ando em ônibus urbano coloco, disse a psicóloga Célia Ferreira.

“Acho que é um dispositivo de segurança que foi feito para ser usado”, concordou o professor Epaminondas Alves dos Santos.

Mas tem passageiro que não usa e são muitos. Foi o que constatou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ao fazer uma ação educativa e de pesquisa em 13 cidades do país.

O pessoal da ANTT Vistoriou mais de 15 mil passageiros e só 43% deles usavam o cinto, ou seja, mais da metade, 57% ignoravam a orientação e a própria segurança.

Em alguns lugares, a falha encontrada era da empresa com num ônibus vistoriado em Cuiabá.

“São 22 poltronas só neste ônibus com problema no cinto de segurança. A Polícia Rodoviária Federal informou o motorista que já entrou em contato com a empresa, que vai enviar um novo ônibus. Então, os passageiros serão transladados deste para outrio ônibus”, disse a inspetora da PRF Andréa Corrêa.

Além de equipar os ônibus com cinto, as empresas são obrigadas a orientar sobre o uso sob pena de multa. Já os passageiros precisam estar conscientes da importância de usar o que pode salvar.

“A utilização do equipamento reduz em até 75% o risco de morte no caso de um acidente e 40% o risco de lesão grave. Então, é muito importante o uso do cinto”, afirma Dalton de Campos Melo Filho, coordenador de Fiscalização da ANTT.

O levantamento registrou 221 casos de crianças sem o cinto, mas tem algumas que já sabem se cuidar e ser sincera.

“Eu não gosto do cinto, mas tem que pôr. O moço pode dar uma freada e eles se machucarem”, confessa a pequena Carla, de 8 anos.