Prato de arroz com feijão sobre mesa de madeira, com ícones científicos e texto sobre estudo que comprova benefícios à saúde.
Pesquisa brasileira comprova os benefícios do prato tradicional, símbolo da alimentação saudável no país.

A ciência confirmou o que o brasileiro já sabia: comer arroz com feijão faz bem à saúde.
Um estudo conduzido pela organização Elsa-Brasil, que reúne seis universidades públicas, analisou cem artigos científicos e mostrou que a combinação tradicional reduz o risco de doenças crônicas e promove o equilíbrio do corpo.
Além disso, reforça a importância da alimentação tradicional brasileira como base de uma vida saudável.

Tradição que nutre e protege

O arroz com feijão, presente na mesa há gerações, continua sendo uma das refeições mais completas e acessíveis do país.
A dupla fornece uma proteína de alto valor biológico, com todos os aminoácidos essenciais.
Além disso, é rica em carboidratos, fibras, ferro, magnésio, fósforo e vitaminas do complexo B, nutrientes fundamentais para o bom funcionamento do organismo.

Por isso, seguir uma dieta com arroz, feijão, frutas e verduras ajuda a reduzir o peso, controlar a pressão arterial e fortalecer o coração.
Os especialistas destacam que, ao contrário do que muitos pensam, a simplicidade desse prato o torna um poderoso aliado da saúde.

Mudança de hábitos preocupa

Entretanto, o estudo alertou que o consumo de arroz e feijão vem diminuindo, principalmente nas grandes cidades.
Em contrapartida, os alimentos ultraprocessados ganharam espaço, e isso preocupa os especialistas.
O excesso de sal e produtos industrializados aumenta o risco de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é ingerir até 5 gramas de sal por dia.
Mesmo assim, o brasileiro consome em média 11 gramas diários — mais que o dobro do recomendado.
Além disso, os homens consomem 38% mais sal do que as mulheres, o que agrava o problema.

Riscos dos ultraprocessados e refrigerantes

Outro dado importante do estudo mostra que quem bebe refrigerante diariamente tem 23% mais chances de desenvolver hipertensão, diabetes e síndrome metabólica.
Essa condição combina fatores como colesterol alto, obesidade abdominal e resistência à insulina.

Por outro lado, pessoas que consomem menos ultraprocessados vivem mais e apresentam menor incidência de doenças crônicas.
O consumo excessivo de produtos industrializados, segundo os pesquisadores, eleva em até 11% o risco de morte por qualquer causa.

Café e laticínios são aliados da saúde

Nem tudo, porém, é motivo de alerta.
Alguns hábitos alimentares continuam mostrando efeitos protetores ao organismo.
O café, por exemplo, quando consumido com moderação — de duas a três xícaras pequenas por dia —, está associado a menor risco de diabetes e hipertensão, além de melhor memória e desempenho cognitivo em idosos.

Da mesma forma, os laticínios desnatados estão ligados à redução da pressão arterial e à melhor saúde cardiovascular.
Entre os participantes do estudo, quem consumia mais derivados do leite apresentou até 64% menos risco de morrer por doenças cardíacas.

Fonte: Só Notícia Boa