Policiais que atuam no Sistema Priosional Estadual se desdobram entre o papel profissional e o de mãe

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A Secretaria de Estado da Justiça – Sejus celebra o Dia das Mães, comemorado neste domingo (8), homenageando todas as mães, em especial aquelas que se dedicam ao Sistema Penitenciário Estadual. Com 766 servidoras no quadro, a Sejus tem contado com mulheres que ocupam cada vez mais espaço, em todas as áreas, a maioria ainda tem o grande desafio conciliar o papel profissional, com o dever de mãe.

A policial penal, Marcela Ramalho de Souza, 41 anos, lotada na Diretoria Regional em Rolim de Moura, conta que no início da academia, em 2011, passou por muitos desafios, tendo que deixar os filhos com a avó materna.  “Foram momentos bem difíceis. Durante a academia minha filha tinha apenas dois anos, eu voltava para casa muitas vezes apenas de quinze em quinze dias. Mas com muito esforço consegui concluir”, declara Marcela.

A servidora é casada com o também policial penal, Gilmar Duarte dos Santos, e após a conclusão da academia os cuidados com os filhos passaram a ser revezados pelo casal. “Conseguimos revezar nossas escalas e ficar em casa para cuidar das crianças. Graças a Deus, deu tudo certo e hoje tenho orgulho da criação dos meus filhos, feita com muito esforço, dedicação e amor. O amor a eles impulsiona meu crescimento profissional, e é gratificante enxergar a admiração que eles têm por nossa profissão”, conclui.

Dando notoriedade a outra vertente da realidade maternal no Sistema Prisional, a diretora da Penitenciária Estadual Suely Maria Mendonça  – Regime Fechado e Provisório (PESMM), Auricélia Gouvêa Caetano, explica como é lidar com a maternidade das reeducandas dentro da unidade. “A Sejus em parceria com as prefeituras e em cumprimento a Lei de Execução Penal , garante à mulher durante o pré-natal e no pós-parto, acompanhamento médico, o qual também é prestado ao recém-nascido, toma todas as medidas cabíveis com a saúde das mães e dos bebês, disponibilizando equipe multidisciplinar formada por enfermeiros, psicóloga e assistente social. Para as reeducandas que já são mães quando entram no sistema, a Llei nº 12.962, de 8 de abril de 2014 do Estatuto da Criança e do Adolescente, assegura a convivência da criança e do adolescente com os pais privados de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável legal. Nos dias de visitas a diretora promove dinâmicas de leitura entre mães e filhos.

Auricélia Gouvêa que, além de policial penal, diretora é mãe, conta que no início da carreira, apesar da alegria de ingressar no serviço público, passou por dificuldades com a filha, contando com o apoio apenas da mãe. “Se dividir e realizar com êxito as várias funções que nos propomos a fazer, realmente vai nos levar a provações, mas com amor a família e a profissão, tudo é possível. Busco fazer a diferença no sistema e me sinto realizada e valorizada no que faço”, concluiu.

O secretário de Estado da Justiça, Marcus Rito, parabeniza todas as mães que se desdobram no papel de mãe, filha, esposa, profissional e acadêmica, para contribuírem com o avanço do Sistema Penitenciário Estadual. “É importantíssimo celebrar a dedicação, o profissionalismo, o amor, a atenção e o carinho demonstrados e disseminados por essas mulheres o tempo todo, parabéns a todas as mães”, finaliza.