O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta quarta-feira que as autoridades russas iniciem vacinações voluntárias em massa contra a Covid-19 na semana que vem, e o país registrou 589 mortes diárias novas de coronavírus.
A Rússia terá produzido 2 milhões de doses de vacina nos próximos dias, segundo Putin. No mês passado, o país disse que sua vacina Sputnik V tem 92% de eficácia na proteção contra a Covid-19, de acordo com resultados preliminares.
“Vamos concordar nisto: você não me dará notícias na semana que vem, mas iniciará uma vacinação em massa… vamos nos pôr a trabalhar já”, disse Putin à vice-primeira-ministra, Tatiana Golikova.
Golikova disse que uma vacinação em larga escala poderia começar em dezembro de forma voluntária.
O aumento de infecções desacelerou desde que atingiu um novo pico no dia 27 de novembro, e 25.345 casos novos foram relatados nesta quarta-feira. A Rússia resistiu a impor lockdowns durante a segunda onda do vírus, preferindo restrições regionais específicas.
Somando 2.347.401 infecções, a Rússia tem o quarto maior número de casos de Covid-19 do mundo, ficando atrás de Estados Unidos, Índia e Brasil, e acumula 41.053 mortes relacionadas à doença desde o início da pandemia.
Mais cedo, o Kremlin garantiu que os russos serão os primeiros a serem vacinados, e Moscou também debate acordos de suprimento com outros países.
“A prioridade absoluta são os russos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “A produção dentro da Rússia, que já está sendo desenvolvida, atenderá as necessidades dos russos.”
Autoridades de São Petersburgo, que relatou 3.684 infecções novas nesta quarta-feira, ordenaram que bares e restaurantes fechem entre 30 de dezembro e 3 de janeiro para combater o aumento de casos locais, relatou a agência de notícias RIA.
Museus, teatros e casas de espetáculo ficarão fechadas ao público na cidade de mais de 5 milhões de habitantes durante o período de comemoração do Ano Novo na Rússia, entre 30 de dezembro e 10 de janeiro.