A quadrilha presa nesta terça-feira (6) durante a operação da Polícia Federal (PF) batizada de Overload criou uma “empresa paralela” para operar o tráfico internacional dentro do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
Ao todo, 35 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão foram cumpridos. Dois homens morreram durante a abordagem. O terminal é o maior do país no volume de entrada e saída de cargas por via aérea.
De acordo com o delegado chefe da PF em Campinas, Edson Geraldo de Souza, o grupo não era responsável só pelo envio de drogas para o exterior, mas também prestava serviços para qualquer pessoa que quisesse enviar entorpecentes ou algo ilícito para outro país.
Como o grupo agia
De acordo com a investigação, a organização criminosa era composta por brasileiros que ficavam responsáveis pelo fornecimento de cocaína que seria exportada para a Europa. Além disso, o grupo aliciava funcionários terceirizados do aeroporto para que interferissem a favor da quadrilha nas atividades de logística do terminal.
A investigação também informou que a quadrilha utilizava pelos menos três meios para colocar a droga dentro dos aviões: em caminhões que levavam cobertores das aeronaves, em alimentos ou em tratores que circulavam dentro do pátio do terminal.
Os mandados foram cumpridos em quatro estados: São Paulo, Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Norte. Entre as pessoas presas, estão um policial militar e um policial civil.
Dois suspeitos foram mortos
Duas pessoas morreram em confronto com a PF na manhã desta terça-feira (6) durante a operação.
Segundo a investigação, um dos homens que morreram já era indiciado por roubo e homicídio, enquanto o outro não tinha nenhuma passagem. A PF informou que abriu inquérito para apurar as circunstâncias das mortes, ambas em Campinas, mas não deu detalhes sobre como elas aconteceram.
Os óbitos ocorreram nos bairros Campo Belo e Cidade Singer, periferia da cidade. A polícia não informou se houve recolhimento das armas dos suspeitos.
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Polícia Federal fez apreensões em aviões no Aeroporto de Viracopos — Foto: Divulgação/Polícia Federal