Anvisa autoriza mais um teste de vacina anti-Covid no Brasil

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SÃO PAULO, 18 AGO (ANSA) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (18) a realização de testes clínicos para mais uma vacina candidata contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil. Dessa vez, a imunização está sendo desenvolvida pela farmacêutica belga Janssen-Cilag, que pertence ao grupo Johnson & Johnson.   

A liberação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e é esperado que a fase três – a última etapa para testar uma vacina – comece no mês de setembro. Ao todo, serão sete mil voluntários no país em sete estados (Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo).   

Batizada de Ad26.COV2.S, a imunização utiliza um vetor recombinante e não replicante do adenovírus tipo 26 que ataca a proteína Spyke (S) do vírus Sars-CoV-2. O estudo vem sendo acelerado intensamente para a realização dos testes na fase 3.   

No entanto, os resultados das fases iniciais em humanos ainda não foram publicados.   

A crença no bom resultado da imunização vem dos testes pré-clínicos feitos em macacos que, segundo publicação da revista científica “Nature” no fim de julho, mostraram bons resultados na indução da produção de anticorpos neutralizantes.   

A Ad26.COV2.S foi a que melhor apresentou resultados entre sete pré-candidatas desenvolvidas pela farmacêutica e foi a escolhida para ir para os testes clínicos em humanos.   

Essa é a quarta imunização que passará por testes no país. A escolha tem a ver tanto com o avanço da Covid-19 no território nacional, com milhares de casos por dia, como pela estrutura de pesquisa em vacinação que já existe no Brasil Antes da vacina da Johnson, a ChAdOx1 nCoV-19, da Universidade de Oxford e da AstraZeneca; a CoronaVac, da Sinovac Biotech; e a BNT 162b2, da BioNTech e da Pfizer foram aprovadas e estão em estudo em vários estados.   

Também está em tramitação a aprovação dos estudos clínicos em território nacional de uma vacina desenvolvida pela SinoPharm e da polêmica vacina russa Sputnik V, do Centro Nacional Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia e dos ministérios da Saúde e da Defesa de Moscou. (ANSA).