Vizinhos criam ‘aulimentadores’ para animais de rua em Porto Velho

Os quatro pontos de alimentação já são sucesso entre "o público". Veterinária recomenda a higienização dos comedouros com água e sabão ou detergente líquido.

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Dois vizinhos se uniram e criaram comedouros para alimentar animais de rua em Porto Velho. Eles construíram quatro pontos no bairro Pedrinhas.

Em cada um, deixam ração à vontade com proteção contra chuva, para manter a comida seca e sempre fresquinha. A instalação foi feita na última terça-feira (4) e já é sucesso entre o “público”.

A inspiração veio quando os moradores da capital viram comedouros instalados na esquina da avenida Raimundo Cantuária com a Campos Sales.

“Achamos legal criar um alimentador de baixo custo a partir de um pedaço de cano. Meu vizinho, Gutem, entrou com o material e eu com a mão de obra, que é muito simples, basicamente é cortar e colar. Fizemos uma adaptação, em relação ao que vimos [na avenida Raimundo Cantuária], colocamos uma proteção para chuva”, explicou Chicão Santos.

Morador de Porto Velho construindo comedouro para animais de rua  — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Morador de Porto Velho construindo comedouro para animais de rua — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Gutem e Chicão repassaram a lista de materiais usados para a construção dos quatro comedouros, cada um custou aproximadamente R$ 20:

  • Uma barra de cano de 6 metros e 100 mm
  • Quatro tampões,
  • Oito joelhos,
  • Oito curvas,
  • Seis braçadeiras, com parafusos e buchas
  • Um tambor velho
Tambor foi reutilizado para criar comedouros para animais de rua em Porto Velho — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Tambor foi reutilizado para criar comedouros para animais de rua em Porto Velho — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A recomendação da dermatologista veterinária, Patrícia Silva, é realizar a higienização desses comedouros uma vez ao dia, com água e sabão ou detergente líquido. Para ela a proteção contra chuva é importante, pois os alimentos úmidos atraem mais moscas e formigas.

Com a pandemia do novo coronavírus, o número de abandono de animais aumentou, causando inclusive superlotação nos abrigos da cidade.

Segundo Mácia Lena, voluntária na ONG Socorristas Animais, a cada 50 bichos abandonados doentes, somente dez conseguem sobreviver e são resgatados.

“Você tem fome, os animais também têm, você tem sede, os animais também têm. Então não jogue água quente, dê água gelada para ele tomar. Não jogue pedra, dê o alimento”, comentou Márcia.
Vira-lata descansando em banco de praça  — Foto: Arquivo Pessoal

Vira-lata descansando em banco de praça — Foto: Arquivo Pessoal