Engenheiros e fisioterapeutas de Brasília criam respirador de R$ 1 mil, veja

Os voluntários buscam uma indústria parceira para o equipamento ser homologado pela Anvisa

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Dez engenheiros e dois fisioterapeutas de Brasília criaram um respirador barato, de produção simples e montagem rápida. O protótipo foi desenvolvido com o objetivo de ventilar pacientes com coronavírus internados em hospitais de todo o País.

O engenheiro de computação Diego Heleno Louzeiro, 36 anos, fez parte da criação e de todo o desenvolvimento do projeto. Segundo ele, o custo do equipamento gira em torno de R$ 1 mil. O tradicional não sai por menos de R$ 50 mil.

Com o protótipo pronto, o grupo de amigos foi convidado a integrar o projeto sem fins lucrativos “Brasília maior que o Covid”. Ele é formado por voluntários do Hospital Universitário de Brasília (HUB), cujo foco é a produção de máscaras em 3D para doação a hospitais do Distrito Federal.

Agora, o objetivo do “Brasília Maior que o Covid” é disponibilizar o projeto do respirador de forma gratuita. Dessa forma, municípios e Estados poderão produzir os seus próprios aparelhos de emergência gastando apenas com as peças.

Para isso, os voluntários estão em busca de uma indústria parceira. Ela precisa ter uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção ou montagem de equipamentos hospitalares ou odontológicos.

Legalmente, a Anvisa precisa aprovar o protótipo. Com a autorização, o equipamento poderá ser fabricado em escala e, consequentemente, salvar vidas.

Equipamento

A base do respirador é formada por placas de acrílico. Um braço, movimentado por um motor de limpador de para-brisa, faz o movimento de vai-e-vem e comprime um saco de ar.

Segundo Louzeiro, a base de acrílico pode ser feita em uma máquina de corte a laser. “Ele [respirador] é montado como um brinquedo”, conta. O equipamento tem regulagem de pressão, velocidade e volume. Caso o paciente seja desconectado do respirador, um aviso sonoro é emitido.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas por meio do Whatsapp (61) 9-846-91512. O contato pode ser feito com o próprio engenheiro de computação Diego Heleno Louzeiro.