Brasil e Japão: G20 é momento de estreitar relações entre os países

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O Japão tem um histórico de parcerias com o Brasil  e o G20 é uma oportunidade para entendimento de questões relevantes, de acordo com o embaixador do Brasil no Japão, Eduardo Saboia, em entrevista ao Portal do Planalto.

Em Osaka, o presidente terá reunião bilateral com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe no sábado (29). “Queremos com as reformas econômicas um novo ciclo de investimentos japoneses voltados para a infraestrutura [do Brasil], para aumentar nossa produtividade. O Japão dá muitos sinais de interesse nisso”, afirmou Saboia.

“O setor privado brasileiro e o setor privado japonês defendem uma negociação entre o Mercosul e o Japão. Esse é um ponto onde nós gostaríamos de ver avanço, porque nós temos uma agricultura competitiva. O Japão é a terceira maior economia e nós gostaríamos de ver mais produtos brasileiros ingressando no mercado japonês”.

Segundo ele, Brasil e Japão têm uma excelente convergência de visões. “O Brasil, assim como o Japão, defende o primado do direito internacional,  defende a reforma de organizações internacionais como a Organização Mundial do Comércio, e o Conselho de Segurança, e somos países amantes da democracia”.

O embaixador destacou que o Japão é o parceiro mais tradicional do Brasil na Ásia. “Daqui partiram investimentos que foram estruturantes para siderurgia, para a mineração do Brasil. Temos a história da Usiminas e também projetos que transformaram, por exemplo, a agricultura do cerrado”, disse o embaixador do Brasil no Japão, Eduardo Saboia, em entrevista ao Portal Planalto.

Brasil no Japão

O embaixador do Brasil no Japão, Eduardo Saboia, destacou que o Japão tem a terceira maior comunidade brasileira no exterior (cerca de 200 mil brasileiros) e lembrou que, no próximo ano, serão comemorados os 30 anos da presença da comunidade brasileira no país asiático.

“Esse é um diferencial que faz do Brasil um parceiro muito especial do Japão. Nós temos uma comunidade muito dinâmica, organizada, trabalhadora, que contribui para a prosperidade do Japão”, contou.

Ao todo, 39 escolas no Japão são homologadas pelo Ministério da Educação brasileiro. Nelas, os estudantes seguem o currículo brasileiro, para terem a possibilidade de retornar ao país sem perdas nos estudos. Porém, muitos brasileiros optam por estabelecerem suas vidas no país asiático.”Como já são trinta anos de presença dessa comunidade, já temos hoje advogados brasileiros formados em universidades japonesas, temos empresários, e uma comunidade que vem galgando posições aqui no Japão”, disse o embaixador.