Ilustração mostra o cérebro e seus vasos sanguíneos, destacando a importância da cirurgia vascular na prevenção de derrames.
O cérebro humano trabalha em ritmo contínuo. Mesmo durante o sono, ele mantém atividades vitais, processa memórias, regula movimentos e coordena impulsos elétricos que sustentam o funcionamento de todo o organismo. Para que isso aconteça sem interrupções, o tecido cerebral depende de um fluxo constante de sangue rico em oxigênio e glicose. Quando esse fluxo falha, mesmo por poucos segundos, as células nervosas ficam vulneráveis e podem morrer rapidamente. Felizmente, há opções de cirurgia vascular que previne derrame, garantindo a saúde do cérebro.
Quando o fluxo sanguíneo falha e o risco de AVC aumenta
O suprimento de sangue para o cérebro ocorre por meio de uma rede complexa de artérias e veias. Entre elas, as carótidas, localizadas no pescoço, desempenham papel decisivo. Quando essas artérias acumulam placas de gordura, o calibre diminui e o fluxo perde eficiência. Em situações graves, o vaso se fecha completamente e provoca o AVC isquêmico, o tipo mais comum.
Há também o AVC hemorrágico, que ocorre quando uma artéria cerebral se rompe. Nesse caso, o sangue extravasado comprime estruturas delicadas, agrava o edema e reduz ainda mais a irrigação das áreas afetadas. Em ambos os cenários, o tempo de resposta é determinante, pois os neurônios começam a morrer em minutos e a cirurgia vascular que previne derrame se torna urgente.
É justamente nesse ponto que a cirurgia vascular que previne derrame se torna essencial.
O que faz a neurocirurgia vascular e quais doenças ela trata
A neurocirurgia vascular dedica-se ao diagnóstico e ao tratamento de doenças que atingem os vasos sanguíneos do cérebro e da medula espinhal. Muitas dessas condições evoluem de forma silenciosa e só são identificadas após exames de rotina ou quando sintomas persistentes, como dores de cabeça frequentes, chamam atenção.
Entre as principais doenças tratadas estão:
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Aneurismas cerebrais – dilatações nas artérias que podem se romper e causar hemorragias graves.
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Malformações arteriovenosas (MAV) – conexões anormais entre artérias e veias que alteram o fluxo e aumentam o risco de sangramento.
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Cavernomas – acúmulos de vasos anômalos que provocam convulsões ou sangramentos repetidos.
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Estenose carotídea por ateromatose – estreitamento das carótidas que eleva significativamente o risco de AVC, necessitando de cirurgia vascular que previne derrame.
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Fístulas arteriovenosas – comunicações anormais entre artérias e veias, geralmente após traumas ou tromboses.
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Doença de Moya-Moya – condição rara em que vasos cerebrais se estreitam progressivamente, exigindo cirurgias de revascularização.
Os tratamentos variam de acordo com a localização e a complexidade das lesões. Podem envolver cirurgia aberta, técnicas endovasculares — como embolização — ou abordagens combinadas, sempre com foco em preservar a circulação e impedir danos irreversíveis.
Como a cirurgia vascular protege funções cognitivas e reduz complicações
O objetivo do neurocirurgião vascular é garantir que o cérebro receba oxigênio e nutrientes de forma contínua. Isso depende tanto do diagnóstico precoce, por meio de exames como angiotomografia e angiografia cerebral, quanto de intervenções precisas que corrigem alterações antes que causem sequelas.
No caso dos aneurismas, por exemplo, o tratamento preventivo evita rupturas potencialmente fatais. Em situações de estenose das carótidas, a intervenção reduz drasticamente o risco de AVC. Já nas malformações complexas, o tratamento adequado impede sangramentos recorrentes e melhora a qualidade de vida do paciente.
Cuidar da circulação cerebral significa, antes de tudo, proteger memória, fala, coordenação e toda a capacidade cognitiva que define quem somos. A neurocirurgia vascular reúne tecnologia, precisão e conhecimento anatômico para manter o cérebro funcionando plenamente ao longo da vida.