STF autoriza prisão de Bolsonaro após violação da tornozeleira

Decisão do STF cita risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica

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PF cumpre ordem do STF e prende o ex-presidente

A Polícia Federal prendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado (22), em Brasília, depois de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. O STF avaliou que o ex-presidente descumpriu medidas impostas anteriormente e criou um ambiente que poderia resultar em fuga. Por isso, a Corte autorizou a prisão preventiva e determinou cumprimento imediato, resultando na ação de Bolsonaro preso preventivamente.

Monitoramento registra violação da tornozeleira

Pouco depois da meia-noite, o sistema de monitoramento detectou a violação da tornozeleira eletrônica. O alerta surgiu logo após apoiadores convocarem uma vigília em frente ao condomínio onde Bolsonaro permanecia em prisão domiciliar. Dessa forma, Moraes considerou que a concentração poderia servir como distração e ajudar uma possível tentativa de evasão.

STF avalia risco de fuga e histórico de movimentos

Durante a análise, o ministro lembrou que Bolsonaro cogitou buscar proteção em uma embaixada estrangeira no passado. Como o condomínio onde ele estava fica a cerca de 13 quilômetros do setor de embaixadas, o deslocamento poderia ocorrer rapidamente. Esse fator, somado ao histórico de articulações políticas, reforçou a avaliação de risco.

Aliados deixam o país e ampliam suspeitas

Além disso, aliados próximos deixaram o país recentemente para evitar medidas judiciais. O movimento amplia a percepção de fuga, já que demonstra a adoção de estratégias semelhantes entre figuras do mesmo núcleo político. Por esse motivo, Moraes justificou a necessidade de agir com rapidez.

Transferência para a Superintendência da PF

A PF cumpriu o mandado por volta das 6h. Os agentes conduziram Bolsonaro até a sede da instituição e, logo depois, o transferiram para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. O ex-presidente passou a ocupar uma Sala de Estado, ambiente preparado para autoridades que exigem isolamento e monitoramento contínuo.

Prisão preventiva permanece sem prazo definido

A prisão preventiva segue sem prazo determinado e exige revisões periódicas. Bolsonaro já cumpria prisão domiciliar desde agosto, após descumprir medidas cautelares e incentivar, por meio de aliados, mensagens que atacavam o Supremo e apoiavam interferências externas. Agora, a nova violação reforça, segundo a Corte, a necessidade de maior rigor.

Defesa tenta converter prisão em medida humanitária

Enquanto isso, a defesa busca reduzir os impactos da decisão. Os advogados pediram a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar humanitária, alegando múltiplas comorbidades e um quadro de saúde delicado. Eles afirmam que o sistema prisional comum poderia agravar o estado clínico do ex-presidente. O STF ainda analisa o pedido.

Fonte: G1