Museu do Louvre à noite com sobreposição digital e alerta de segurança cibernética
Auditorias revelam que o Louvre usava a senha “Louvre” e mantinha sistemas obsoletos que facilitaram o roubo.

Escândalo de segurança no museu mais famoso do mundo

O Museu do Louvre, símbolo da arte e da história mundial, enfrenta um escândalo que abalou sua reputação. Auditorias privadas identificaram falhas críticas no sistema de vigilância, que incluíam senhas fracas e softwares desatualizados. Essas vulnerabilidades podem ter facilitado o roubo das joias da coroa ocorrido em outubro, destacando falhas de segurança no Museu do Louvre que não deveriam existir.

Além disso, o relatório revelou que o sistema de monitoramento usava a senha “Louvre” para acesso interno. Essa escolha expôs o museu a ataques virtuais e demonstrou o baixo nível de proteção digital mantido pela instituição. O jornal Libération divulgou o caso, e a ministra da Cultura, Rachida Dati, confirmou as falhas, reconhecendo que o problema era antigo e ignorado por gestões anteriores.

Programas antigos e risco constante

De acordo com os auditores, oito softwares essenciais de segurança não recebiam suporte técnico há anos. Entre eles estava o Sathi, ferramenta criada pela Thales em 2003 para supervisionar câmeras e controlar acessos. Mesmo assim, o museu ainda operava o sistema em servidores com Windows Server 2003, descontinuado desde 2015, uma clara demonstração de falhas de segurança no Museu do Louvre.

Esse conjunto de erros aumentou o risco de invasão. Com sistemas tão defasados, qualquer pessoa com conhecimentos básicos poderia acessar as câmeras e manipular permissões remotamente. Além disso, o relatório apontou que os servidores aceitavam senhas como “THALES” e “LOUVRE”, o que evidencia um descuidado completo com a cibersegurança.

Invasões e consequências para o Louvre

Os peritos em segurança digital conseguiram reproduzir as falhas durante os testes. Eles comprovaram que era possível acessar o sistema sem estar no local, manipulando as câmeras e as portas eletrônicas. O nível de vulnerabilidade era tão alto que qualquer tentativa de invasão teria sucesso.

As investigações levaram à prisão de quatro suspeitos do roubo, classificados como amadores. Para as autoridades, isso confirma que o crime só ocorreu porque a estrutura tecnológica do museu estava obsoleta por causa de várias falhas de segurança no Museu do Louvre. A promotora Laure Beccuau criticou a gestão do Louvre e afirmou que falhas tão simples não deveriam existir em uma instituição de prestígio mundial.

França promete reforçar a segurança digital

Após a repercussão do caso, o governo francês anunciou um plano emergencial de modernização dos sistemas de segurança em museus e órgãos públicos. A intenção é evitar novos ataques e recuperar a confiança da população.

Especialistas em cibersegurança defendem que o episódio sirva de alerta global. O uso de senhas fracas, sistemas antigos e protocolos desatualizados ainda é comum em instituições culturais. Proteger o patrimônio histórico exige não apenas câmeras e guardas, mas também tecnologia confiável e profissionais treinados para evitar falhas de segurança como as enfrentadas pelo Museu do Louvre.

Lições do caso Louvre

O incidente deixa uma mensagem clara: a proteção cultural depende da segurança digital. A tecnologia deve andar junto com a preservação do patrimônio. Falhas simples, como uma senha fácil, podem comprometer séculos de história.

Enquanto o Louvre tenta restaurar sua imagem, o mundo observa e aprende que cibersegurança é parte essencial da cultura e da gestão pública moderna.

Fonte: Olhar Digital