Fungo geneticamente modificado criado por cientistas elimina o mosquito da dengue de forma natural e sustentável.
Imagem ilustrativa mostra mosquito Aedes aegypti sendo afetado por fungo biotecnológico em ambiente de laboratório.

Pesquisadores criaram um fungo geneticamente modificado capaz de eliminar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O microrganismo atua de forma natural e eficiente, representando uma alternativa sustentável aos inseticidas químicos. Além disso, o método é seguro para o meio ambiente e de fácil aplicação em áreas urbanas.

A inovação nasce em laboratório

O grupo de cientistas da Universidade de Maryland modificou o fungo para que ele produzisse uma toxina letal exclusiva para mosquitos. Dessa forma, o microrganismo age com precisão, sem afetar outros insetos ou animais.

Além disso, os pesquisadores acrescentaram uma característica estratégica: o fungo libera um aroma floral que atrai o Aedes aegypti, o que aumenta o contato e potencializa a taxa de mortalidade. Durante os testes, os mosquitos morreram em até cinco dias, resultado que superou as expectativas da equipe.

Para garantir a segurança, todo o processo ocorreu em laboratório controlado. Assim, os cientistas puderam monitorar cada etapa, reduzindo qualquer risco ambiental.

Controle biológico e sustentável

O novo método representa um marco no combate à dengue. Enquanto os inseticidas tradicionais causam resistência e poluem o ambiente, o fungo atua como uma armadilha viva e ecológica. Por isso, ele se destaca como uma ferramenta promissora na luta contra o mosquito.

Além disso, o cultivo do fungo é simples e de baixo custo. Ele pode crescer em substratos naturais, como cascas de arroz e fezes de galinha, o que amplia o potencial de uso em países tropicais com recursos limitados. Dessa maneira, a tecnologia se torna acessível e sustentável.

Próximos passos

Com os bons resultados obtidos, a equipe já prepara os testes de campo para medir a eficácia do fungo em ambientes reais. Caso os resultados sejam positivos, o microrganismo poderá integrar políticas públicas de saúde, ajudando a reduzir os casos de dengue em larga escala.

Além disso, os pesquisadores pretendem estudar o comportamento do fungo em diferentes climas, para entender melhor sua adaptação e estabilidade. Assim, o avanço científico poderá se transformar em uma ferramenta global de controle de vetores.

Ciência e inovação contra a dengue

O uso de fungos modificados geneticamente mostra que a ciência está na linha de frente do combate à dengue. Com biotecnologia, sustentabilidade e inovação, os pesquisadores oferecem uma alternativa eficaz e segura para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti nas cidades.

Portanto, a descoberta reforça o papel da pesquisa científica como aliada direta da saúde pública e do equilíbrio ambiental.

Fonte: Olhar Digital