Médico da Policlínica Oswaldo Cruz examina a mão de um paciente durante atendimento especializado gratuito contra hanseníase em Rondônia
A Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho, oferece diagnóstico precoce, acompanhamento e tratamento gratuito para hanseníase pela rede estadual de saúde.

A Policlínica Oswaldo Cruz (POC), em Porto Velho, é referência no diagnóstico, acompanhamento e tratamento da hanseníase, doença infecciosa que ainda enfrenta estigmas sociais. O serviço é oferecido gratuitamente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), com o objetivo de garantir o diagnóstico precoce e interromper a cadeia de transmissão em Rondônia. Além disso, o atendimento busca conscientizar a população sobre os sintomas e a importância do tratamento.

Atendimento especializado e humanizado

O coordenador do Núcleo de Hanseníase da POC, Wanderlei Ruffato, destaca que o diagnóstico rápido é fundamental para evitar sequelas e reduzir o preconceito.

“Buscar acompanhamento médico com antecedência evita manifestações visíveis no corpo. Aqui na POC, oferecemos desde a consulta até a medicação necessária para tratar e curar o paciente”, explica o especialista.

De acordo com o governador Marcos Rocha, cuidar da saúde da população é prioridade.

“Nossas unidades estão preparadas para acolher com responsabilidade e qualidade, oferecendo serviços completos e promovendo a saúde dos rondonienses”, reforça.

Com isso, o governo estadual amplia o acesso ao tratamento gratuito e fortalece a rede de atenção básica em todo o estado.

Sobre a doença e o tratamento

A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, bactéria que atinge os nervos periféricos e áreas mais frias do corpo. A transmissão ocorre pela inalação de gotículas liberadas por pessoas infectadas sem tratamento.
Segundo o clínico geral Dahier Atallah, o contágio não acontece por contato casual, mas sim por convivência prolongada, geralmente dentro do mesmo ambiente.

O tratamento segue o esquema poliquimioterápico, combinação de medicamentos como rifampicina, clofazimina e dapsona, capazes de eliminar a bactéria e interromper a transmissão. Além disso, os pacientes recebem acompanhamento até a alta por cura, bem como suporte em casos de reações hansênicas e cirurgias de descompressão nervosa, que ajudam a preservar a mobilidade e a qualidade de vida.

Capacitação e prevenção

Além do atendimento direto, a Policlínica Oswaldo Cruz promove capacitações com profissionais de saúde em todo o estado. Assim, a rede pública amplia o número de diagnósticos e melhora a condução dos tratamentos.
A prevenção ocorre principalmente por meio do diagnóstico precoce, do exame dos contatos próximos e da vacina BCG, que oferece proteção parcial contra a doença.

“Nosso foco é identificar rapidamente os contatos de casos confirmados e oferecer avaliação médica”, ressalta o Dr. Dahier. “Homens adultos, crianças e pessoas com imunossupressão merecem atenção especial.”

Essas ações integradas fortalecem o combate à doença e reduzem o risco de novas transmissões.

Sinais de alerta

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas da hanseníase incluem:

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas na pele, com perda de sensibilidade;

  • Dormência e formigamento em mãos e pés;

  • Diminuição da força muscular;

  • Ressecamento e perda de pelos;

  • Sensação de areia nos olhos;

  • Nódulos doloridos e deformidades em casos avançados.

Diante desses sinais, é essencial procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para avaliação. Em seguida, caso necessário, o paciente é encaminhado à Policlínica Oswaldo Cruz, onde recebe atendimento gratuito e acompanhamento contínuo.

Conscientização e acolhimento

O secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha, reforça que a informação é uma das principais armas contra a doença.

“A saúde pública começa com consciência e atitude. Temos profissionais capacitados e unidades preparadas para acolher e cuidar de cada cidadão.”

Dessa forma, Rondônia reafirma o compromisso com a saúde da população. Com atendimento gratuito e acompanhamento integral, o estado mostra que a hanseníase tem cura e que o tratamento está acessível a todos.

Fonte: Governo do Estado de Rondônia / Secom