Homem idoso sorri diante do prédio do STF, simbolizando decisão que proíbe reajuste em planos de saúde para pessoas com mais de 60 anos.
Supremo Tribunal Federal decide proibir reajuste em planos de saúde para idosos, reforçando direitos previstos no Estatuto do Idoso.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu proibir o reajuste de planos de saúde para idosos com contratos assinados antes de 2003, quando começou a valer o Estatuto do Idoso. A decisão, aprovada por 7 votos a 2, considera inconstitucional qualquer aumento por faixa etária aplicado a pessoas com mais de 60 anos nesses contratos.

Com essa medida, o Supremo garante alívio financeiro e segurança jurídica a milhares de brasileiros. Além disso, o julgamento reafirma que envelhecer é um direito, e não uma penalidade. Por isso, a decisão representa um avanço importante para a justiça social e a proteção dos consumidores mais vulneráveis.

Entendimento da Corte

O ministro Gilmar Mendes foi o relator do processo e votou pela proibição. Ele seguiu o entendimento da ex-ministra Rosa Weber, que destacou que “o envelhecimento é natural e o consumidor não pode ser punido por essa condição”.

Além dele, os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia reforçaram o voto de Rosa Weber. Da mesma forma, os ministros aposentados Ricardo Lewandowski e Celso de Mello também acompanharam o posicionamento.

Por outro lado, Marco Aurélio Mello e Dias Toffoli divergiram. Eles defenderam que os reajustes poderiam ocorrer dentro dos limites contratuais e regulatórios estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ainda assim, a maioria manteve a posição de que os aumentos ferem o princípio da dignidade humana.

Impacto para os consumidores

A decisão do STF proíbe as operadoras de aplicar aumentos por idade em contratos firmados antes de 2003. Dessa forma, os idosos passam a ter proteção completa garantida pelo Estatuto do Idoso.

Para os especialistas, o resultado do julgamento traz mais estabilidade ao setor e fortalece os direitos do consumidor. Além disso, muitos beneficiários podem agora acionar a Justiça para reverter reajustes considerados abusivos. Com isso, cresce a expectativa de que novas ações sirvam para consolidar o entendimento jurídico em todo o país.

Próximos passos

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, ainda vai proclamar o resultado oficialmente. Isso acontecerá junto à análise da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 90, relatada pelo ministro Flávio Dino, que trata de tema semelhante.

Assim, a decisão do Supremo marca um avanço histórico na defesa dos direitos dos idosos e consolida o respeito ao Estatuto do Idoso. Além disso, cria um precedente nacional que reforça a dignidade e o acesso à saúde de quem mais precisa. Por fim, o entendimento amplia a confiança dos consumidores na atuação do Judiciário.

Fonte: Só Notícia Boa