Comunitários da Resex Rio Cautário participam do manejo do pirarucu, promovendo conservação ambiental e geração de renda na Amazônia.
Comunitários da Resex Rio Cautário, em Costa Marques (RO), realizam manejo sustentável do pirarucu, ação apoiada pelo Governo de Rondônia e coordenada pela Sedam.

O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), segue fortalecendo em 2025 as ações de Manejo de Controle do Pirarucu (Arapaima gigas) invasor na Reserva Extrativista Estadual (Resex) Rio Cautário, em Costa Marques. A iniciativa tem se tornado referência em gestão ambiental participativa, pois une conservação dos ecossistemas aquáticos e fortalecimento econômico das comunidades tradicionais.

Durante as duas edições da pesca realizadas neste ano, foram retirados 415 exemplares da espécie, totalizando 22,7 toneladas de pescado. Além disso, a operação envolveu mais de 40 comunitários, que participaram de todas as etapas — desde o monitoramento até a comercialização — em um processo organizado e sustentável.

Ao longo das duas edições da pesca realizadas em 2025 foram retirados 415 indivíduos da espécie

Como resultado, o impacto econômico foi expressivo: a renda total gerada chegou a R$ 211 mil, e os comunitários que participaram integralmente receberam cerca de R$ 5,3 mil cada. Dessa forma, o projeto fortalece a economia local e melhora a qualidade de vida das famílias envolvidas.

Sustentabilidade e protagonismo comunitário

A analista ambiental da Sedam e coordenadora do projeto, Chirlaine Varão, destacou que o manejo é fruto de uma construção coletiva de longo prazo.

“O manejo do pirarucu invasor na Resex Rio Cautário demonstra a força da parceria entre o Estado e os comunitários. Cada etapa é baseada em conhecimento técnico aliado à experiência tradicional, o que garante resultados sustentáveis para o meio ambiente e para as famílias”, afirmou.

Por outro lado, o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, ressaltou que o projeto mostra como é possível conciliar preservação e desenvolvimento econômico:

“A gestão ambiental participativa é o caminho para equilibrar a conservação dos recursos naturais e o fortalecimento das famílias extrativistas. Assim, os resultados comprovam a eficiência desse modelo de manejo sustentável”, reforçou.

Rondônia como referência em manejo sustentável

O governador Marcos Rocha observou que o projeto une preservação e geração de renda de forma exemplar.

“O pescado proveniente do manejo tem sido comercializado inclusive fora do estado, alcançando mercados como o de São Paulo. Isso demonstra a qualidade do produto e amplia o reconhecimento do trabalho desenvolvido na Resex Rio Cautário”, declarou.

Enquanto isso, a moradora local Regiane Ximenez, participante ativa do projeto, contou que a iniciativa transformou a realidade das famílias.

“Nossa renda vinha da castanha e da borracha, mas o manejo do pirarucu trouxe novas oportunidades e melhorou a qualidade de vida da comunidade”, relatou.

Resultados do manejo 2025

  • 415 pirarucus retirados da natureza;

  • 22.775,6 quilos de pescado bruto;

  • 40 dias de atividade de pesca;

  • R$ 211.069,20 em renda total;

  • Mais de 40 comunitários envolvidos;

  • Renda individual média: R$ 5.356,61.

Modelo de futuro para a Amazônia

A ação na Resex Rio Cautário reforça o compromisso do governo de Rondônia com a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.
Além disso, o manejo do pirarucu invasor protege os ecossistemas aquáticos e se consolida como instrumento de valorização cultural, inclusão produtiva e protagonismo comunitário.

Com isso, Rondônia mostra que preservar a Amazônia também é gerar prosperidade, unindo ciência, tradição e responsabilidade ambiental.

Fonte: Governo de Rondônia