Duas mulheres ribeirinhas em barco conduzem pesca manejada no Rio Cautário em Rondônia
Arte mostra ação conduzida por comunitários no Rio Cautário, onde já foram retiradas 2,5 toneladas de peixes em 2025

Equilíbrio ambiental aliado ao desenvolvimento social

A segunda etapa da pesca manejada no Rio Cautário já retirou mais de 2,5 toneladas de peixes, desde o início das atividades em 16 de setembro. Ao todo, 31 comunitários ribeirinhos participam da operação, que segue até 7 de outubro. O foco é o controle do pirarucu, uma espécie invasora que representa risco ao equilíbrio do ecossistema local.

Com isso, a ação promove não apenas a preservação ambiental, mas também o fortalecimento econômico de quem vive da floresta.

Manejo sustentável valoriza o saber tradicional

Até a próxima semana, a expectativa é alcançar cerca de 5 toneladas de peixes

A atividade é coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio das coordenadorias CUC e Colmam. Diferente de ações convencionais, esse manejo ocorre de forma sustentável, respeitando o conhecimento ancestral das comunidades, além de seguir rigorosos critérios ambientais.

Até o momento, os peixes capturados variam de 17 a 126 quilos, e não há restrição de peso. Por isso, a expectativa é alcançar 5 toneladas até a próxima semana, totalizando mais de 12 toneladas ao final da operação.

Comunidades ribeirinhas conduzem o processo

A analista ambiental Chirlaine Varão, responsável técnica pela ação, destacou a importância da participação ativa dos moradores locais:

“Eles estão presentes em todas as etapas — desde o planejamento até a venda do pescado. Dessa forma, garantimos um processo mais justo, eficiente e com resultados duradouros.”

Além disso, o acompanhamento técnico fortalece a autonomia comunitária e gera impacto positivo direto na renda familiar.

Governo aposta em preservação com inclusão social

Para o governador Marcos Rocha, a pesca manejada representa uma união entre tradição, ciência e compromisso com o futuro:

Enquanto protegemos os ecossistemas, também abrimos caminhos para o desenvolvimento sustentável das famílias ribeirinhas. É possível crescer com responsabilidade.”

Na mesma linha, o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, reforçou que a gestão ambiental caminha lado a lado com a valorização das comunidades tradicionais:

Ao mesmo tempo em que conservamos as espécies, estamos também promovendo dignidade para quem protege a floresta.”

Caminho sólido para um futuro sustentável

Em resumo, o manejo do pirarucu no Rio Cautário não apenas combate uma ameaça ambiental, como também estimula a economia local. Com apoio técnico, tradição e organização, Rondônia avança na construção de políticas públicas eficazes para a Amazônia.

Por fim, a expectativa é que esse modelo sirva de referência para outras regiões que buscam unir preservação e desenvolvimento social.

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