Mulher realiza mamografia sob orientação médica, com destaque para nova diretriz do SUS a partir dos 40 anos.
Nova diretriz do Ministério da Saúde amplia a faixa etária para mamografias no SUS e fortalece o rastreamento precoce.

Mamografia pelo SUS passa a ser recomendada a partir dos 40

Nova diretriz do Ministério da Saúde amplia o rastreamento do câncer de mama e busca evitar diagnósticos tardios em mulheres jovens. A mamografia, a partir dos 40 anos, se mostra crucial para este objetivo.

Ministério da Saúde atualiza diretriz da mamografia

O Ministério da Saúde passou a recomendar a mamografia de rastreamento para mulheres entre 40 e 49 anos. A decisão pretende antecipar os diagnósticos de câncer de mama e, com isso, reduzir os casos detectados tardiamente.

Além disso, a inclusão dessa faixa etária combate desigualdades no acesso ao exame. Dessa forma, mais brasileiras poderão realizar o procedimento preventivo no SUS, o que representa um avanço importante para a saúde pública ao incluir a mamografia a partir dos 40 anos.

Veja o que muda com a nova orientação do SUS

Antes da mudança, o protocolo indicava o exame apenas para mulheres de 50 a 69 anos. No entanto, a nova regra amplia essa cobertura. A partir de agora, valem os seguintes critérios:

  • Mulheres de 40 a 49 anos devem fazer mamografia a cada dois anos, com prescrição médica;

  • Entre 50 e 74 anos, o rastreamento continua com periodicidade bienal;

  • Acima dos 74 anos, a escolha depende da condição de saúde e da recomendação clínica.

Por isso, identificar alterações em estágio inicial torna-se mais viável. Portanto, a medida representa um avanço estratégico na prevenção do câncer de mama, especialmente com o início da mamografia a partir dos 40 anos.

Diagnóstico precoce melhora as chances de cura

No Brasil, cerca de 37% dos casos de câncer de mama são identificados tardiamente. Essa realidade compromete o tratamento e reduz as chances de sucesso. Por esse motivo, ampliar o acesso à mamografia para mulheres a partir dos 40 anos pode transformar esse cenário.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, o exame detecta alterações antes mesmo do surgimento de sintomas. Inclusive, a entidade recomenda há anos a inclusão de mulheres a partir dos 40 anos na política pública de rastreamento, tornando a mamografia uma ferramenta essencial.

Mais investimento em prevenção e pesquisa científica

Além da mudança nas diretrizes, o governo lançou um manual nacional de diagnóstico precoce para capacitar profissionais da atenção primária. Com isso, médicos e enfermeiros terão mais clareza sobre como proceder em casos suspeitos.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde anunciou o investimento de R$ 100 milhões, em parceria com o CNPq, para pesquisas em câncer de mama, colo do útero e colorretal. Com essa ação, o governo amplia as frentes de combate à doença, fortalece o SUS e impulsiona a produção científica brasileira com foco na mamografia a partir dos 40 anos.

Fonte: Olhar Digital