Profissional de saúde aferindo pressão com destaque para a frase “Pressão 12/8 agora é pré-hipertensão” e imagem de coração com ECG
Nova diretriz da cardiologia brasileira reclassifica valores como 12/8 para a faixa de pré-hipertensão, visando ampliar a prevenção de doenças cardíacas

A pressão arterial 12 por 8, considerada normal até então, passa a ser enquadrada como pré-hipertensão segundo nova diretriz cardiológica. A medida visa prevenir doenças como AVC, infarto e insuficiência renal.

Diretriz inédita redefine o que é uma pressão saudável

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), divulgou uma atualização que altera os parâmetros de pressão arterial tida como normal.

Com isso, valores entre 120 a 139 mmHg (sistólica) e/ou 80 a 89 mmHg (diastólica) entram na faixa de pré-hipertensão — incluindo o tradicional 12 por 8.

Medida segue padrões internacionais e alerta para riscos

A decisão acompanha recomendações do Congresso Europeu de Cardiologia e, além disso, tem como objetivo prevenir doenças graves, como infarto, AVC e insuficiência renal.

A pressão ideal, segundo o novo parâmetro, passa a ser 12 por 7 (120/70 mmHg). Dessa forma, mesmo valores considerados estáveis no passado exigem acompanhamento.

“É uma forma de alertar que o limite anterior já pode ser um sinal de risco futuro”, destacam os especialistas da SBC.

Tratamento agora mira pressão abaixo de 13 por 8

A partir da nova diretriz, a meta de tratamento para hipertensos também foi ajustada. Agora, a recomendação é manter a pressão abaixo de 130/80 mmHg, independentemente da idade, do sexo ou de comorbidades.

Consequentemente, essa reclassificação impacta diretamente nas condutas médicas, no acesso a programas de saúde e nos cuidados oferecidos pelo SUS, ampliando a vigilância precoce.

O que muda para a população?

Para milhões de brasileiros, isso significa que a pressão 12 por 8 não é mais sinal de estabilidade, mas sim de atenção. Com a nova classificação, espera-se um aumento no número de diagnósticos preventivos, o que pode resultar em mais exames, consultas regulares e mudanças no estilo de vida.

Além disso, a atualização reforça a importância de check-ups cardiológicos e do controle de fatores como alimentação, atividade física e controle do estresse.

Fonte: CNN Brasil