Casos de febre oropouche despencam em Rondônia após ação do MPF
Mosquito transmissor da febre oropouche, que teve queda expressiva de casos em Rondônia em 2025.

Intervenção do MPF muda cenário da doença

Rondônia, que em 2024 ocupava o segundo lugar no ranking nacional de casos de febre oropouche, apresenta um cenário totalmente diferente em 2025. Conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o número de ocorrências caiu de 1.711 para apenas 7 até setembro deste ano.

Esse resultado foi possível porque o Ministério Público Federal (MPF) cobrou providências imediatas das secretarias de saúde do estado e do município de Porto Velho. Como resultado, ações emergenciais foram implementadas e surtiram efeito rapidamente.

Ações articuladas interrompem avanço do vírus

Após receber alertas sobre o crescimento descontrolado dos casos, o MPF iniciou uma investigação. O trabalho foi conduzido pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Raphael Bevilaqua. De acordo com ele, “quando há ação do Estado, os resultados aparecem em benefício da população”.

Com isso, Rondônia caiu da segunda para a 14ª posição entre os 20 estados com registros da doença, mostrando o impacto positivo das medidas adotadas.

Medidas preventivas foram fundamentais

Para reverter o cenário, o MPF exigiu um plano de ação eficaz. Além disso, estabeleceu prazos e monitoramento constante. A resposta das autoridades incluiu:

  • Reforço na vigilância epidemiológica, com monitoramento ativo das regiões de risco;

  • Capacitação de equipes médicas, com atualização dos protocolos de atendimento;

  • Limpeza urbana e ambiental, com foco em bueiros e áreas propícias à reprodução do mosquito;

  • Campanhas de conscientização, alertando sobre os sintomas e formas de prevenção;

  • Integração entre setores públicos, como saúde, meio ambiente e controle de vetores.

Portanto, a mobilização interinstitucional foi essencial para conter a proliferação do vírus.

Conheça a febre do oropouche

A febre do oropouche é causada por um vírus transmitido principalmente pelo Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dores articulares, dor de cabeça intensa e, eventualmente, quadro de meningite viral.

Embora não exista um tratamento específico, os cuidados envolvem repouso, hidratação, uso de analgésicos e acompanhamento médico contínuo.

Fiscalização e resposta rápida salvam vidas

A experiência de Rondônia comprova que, quando há cobrança institucional, articulação entre órgãos e fiscalização contínua, é possível reverter cenários alarmantes. Graças à ação do MPF e ao compromisso dos gestores públicos, a saúde coletiva saiu fortalecida.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os registros da febre oropouche caíram significativamente em Rondônia.

Fonte: MPF