Navio cargueiro visto de cima com contêineres coloridos navegando em mar aberto, ilustrando superávit comercial brasileiro de US$ 6,1 bilhões após tarifaço
Brasil registra superávit de US$ 6,1 bilhões na balança comercial de agosto, mesmo após tarifaço aplicado pelos Estados Unidos

Brasil registra superávit de US$ 6,1 bilhões na balança comercial de agosto

A balança comercial brasileira encerrou o mês de agosto de 2025 com superávit de US$ 6,133 bilhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). As exportações totalizaram US$ 29,861 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 23,728 bilhões. Como resultado, a corrente de comércio no período chegou a US$ 53,589 bilhões.

Exportações acumuladas impulsionam o saldo no ano

No acumulado de 2025, o Brasil já exportou US$ 227,583 bilhões e importou US$ 184,771 bilhões, gerando um superávit anual de US$ 42,812 bilhões. Além disso, a corrente de comércio alcançou US$ 412,354 bilhões.

Em comparação com agosto de 2024, as exportações subiram 3,9%. Embora a indústria de transformação tenha recuado 0,9%, a agropecuária teve alta de 8,3% e a indústria extrativa avançou 11,3%.

Países com crescimento nas exportações

As vendas externas do Brasil tiveram crescimento expressivo para mercados estratégicos, como:

  • Índia: +58%

  • México: +43,8%

  • Argentina: +40,3%

  • China: +31%

  • Reino Unido: +11%

Apesar disso, alguns destinos apresentaram queda significativa:

  • Bélgica: -43,8%

  • Espanha: -31,3%

  • Coreia do Sul: -30,4%

  • Singapura: -17,1%

  • Estados Unidos: -18,5%

Vendas para os EUA caem com tarifaço

As exportações para os Estados Unidos despencaram, especialmente em minério de ferro, que zerou completamente em agosto. Outros produtos também sofreram retrações fortes:

  • Aeronaves e peças: -84,9%

  • Açúcar: -88,4%

  • Máquinas não elétricas: -60,9%

  • Carne bovina fresca: -46,2%

  • Celulose: -22,7%

  • Óleos combustíveis: -37%

  • Madeira: -39,9%

Segundo o diretor Herlon Brandão, do MDIC, isso ocorreu porque os exportadores anteciparam as vendas em julho, temendo o aumento das tarifas norte-americanas:

“A carta de 9 de julho indicava aumento de 50% nas tarifas dos EUA para o Brasil. Por isso, muitos exportadores se adiantaram e embarcaram seus produtos antes da virada”, explicou.

Importações seguem em leve desaceleração

Por outro lado, as importações recuaram 2% em comparação com agosto de 2024. Enquanto a agropecuária ficou praticamente estável (+0,4%), a indústria extrativa cresceu 26,5%. No entanto, a indústria de transformação teve queda de 3,8%.

Fonte: Agência Brasil