Arte jornalística mostra Careca do INSS recorrendo ao STF por silêncio na CPMI sobre fraudes no INSS
Capa destaca investigação da CPMI do INSS, com Careca pedindo silêncio ao STF em meio ao escândalo de fraudes

CPMI do INSS inicia trabalhos

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS iniciou nesta terça-feira (26) os primeiros atos para apurar fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas. Entre os convocados estão o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e os ex-presidentes do Instituto dos últimos dez anos. Este cenário reflete a dimensão do escândalo do INSS, cujo impacto atinge diretamente os aposentados.

O relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), afirmou que será “duro e implacável com todos aqueles que cometeram crimes, independentemente de qual governo tenham participado”. Ele destacou que a apuração deve abranger os governos Dilma, Temer, Bolsonaro e Lula. Além disso, o relatório final está previsto para março de 2026.

Pedido ao STF para ficar em silêncio

O empresário Careca do INSS se considera “peça menor” no esquema e pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é assegurar o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento. Dessa forma, ele busca evitar risco de prisão, considerando a gravidade do escândalo do INSS em que está envolvido.

Segundo a Polícia Federal, pessoas e empresas ligadas ao empresário receberam R$ 53,5 milhões de associações envolvidas. Camilo seria o intermediário entre sindicatos e entidades, repassando parte do dinheiro a servidores do INSS, familiares e empresas associadas.

Aliados argumentam que o valor movimentado por ele foi bem menor que o estimado oficialmente. O cálculo geral da fraude chega a R$ 6 bilhões. Nesse sentido, citam nomes como o empresário Maurício Camisotti, também convocado, que teria papel mais relevante nos eventos relacionados ao escândalo do INSS.

Escândalo bilionário no INSS

As fraudes vieram à tona em 2023. Na época, foi revelado que entidades ligadas ao INSS arrecadaram R$ 2 bilhões em um único ano com descontos automáticos em aposentadorias. Por outro lado, essas mesmas associações respondiam a milhares de processos por fraude na filiação de segurados. Estes eventos são emblemáticos do escândalo do INSS e suas consequências.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o trabalho será “profundo e apartidário”. Além disso, definiu que as sessões ocorrerão às segundas e quintas-feiras, para não coincidir com os dias de plenário do Congresso.

Próximos passos da investigação

A CPMI do INSS deve se transformar em um dos principais embates políticos e jurídicos de 2025. A convocação de Careca do INSS e de ex-presidentes mostra que a investigação terá amplo alcance. Portanto, os trabalhos podem redefinir responsabilidades sobre a fraude que atingiu milhões de aposentados e pensionistas em todo o país. Este culminar do escândalo do INSS certamente impactará o futuro das políticas previdenciárias.

Fonte: CNN Brasil