Arte ilustrativa do golpe da “mão fantasma”, com mão translúcida saindo de um smartphone e valores sendo transferidos.
Arte mostra o golpe da “mão fantasma”, no qual criminosos acessam remotamente o celular da vítima para realizar transferências bancárias.

Um homem de 49 anos perdeu R$ 31 mil após ter o celular invadido por criminosos em Marquinho, região central do Paraná, devido ao golpe da mão fantasma. O caso, divulgado pela Polícia Militar, é mais um exemplo do chamado “golpe da mão fantasma”, no qual golpistas obtêm acesso remoto ao aparelho da vítima.

Como aconteceu o golpe

Na segunda-feira (11), a vítima fez um Pix de R$ 1 mil para um comerciante conhecido, sem saber que o WhatsApp dele havia sido clonado. Dois dias depois, os mesmos golpistas ligaram se passando pelo gerente do banco e afirmaram que era preciso clicar em um link para fazer reconhecimento facial e inserir códigos no aplicativo bancário.

Ao seguir as instruções, o celular travou e desligou por conta do golpe da mão fantasma. A partir daí, os criminosos usaram o número da vítima para enviar mensagens a contatos, solicitando transferências para uma chave Pix vinculada a uma empresa. Em seguida, realizaram várias transações, somando os R$ 31 mil que foram retirados da conta.

O que diz a Febraban

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o golpe recebeu esse nome por envolver controle remoto do celular, “como se uma mão invisível o operasse”. O golpe da mão fantasma é especialmente perigoso por essa capacidade de controle à distância. A entidade reforça que bancos nunca solicitam senhas, números de cartão ou transferências para regularizar problemas.

A fraude geralmente começa com contato de falsos funcionários, que inventam histórias de invasão ou movimentações suspeitas. Para “resolver” o problema, enviam um link para instalação de um aplicativo malicioso. Com ele, conseguem acessar dados, aplicativos e até senhas armazenadas no celular.

Como se proteger

A Febraban orienta:

  • Não clique em links enviados por mensagens ou e-mails não solicitados.

  • Não forneça senhas, códigos ou dados pessoais por telefone ou chat.

  • Evite anotar senhas em blocos de notas, e-mails ou mensagens no próprio celular.

  • Use senhas diferentes para o banco e outros serviços on-line.

A entidade mantém em seu portal uma campanha antifraudes com orientações e exemplos para identificar golpes digitais. O golpe da mão fantasma é apenas um dos diversos golpes contra os quais a campanha alerta.

Fonte: G1