As importações de soja pela China chegaram a 12,26 milhões de toneladas em junho, atingindo um recorde histórico para o mês. O volume representa um aumento de 10,35% em relação a junho do ano passado, quando o país comprou 11,11 milhões de toneladas. Tal aumento indica um impacto significativo nas importações totais de soja pela China.

Esse avanço se deve principalmente à safra robusta do Brasil, que garantiu oferta competitiva. Além disso, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos abriram mais espaço para o produto brasileiro, fortalecendo sua presença no mercado, e influenciando importações de soja pela China.

Em junho, o Brasil forneceu quase 10 milhões de toneladas, enquanto os embarques dos Estados Unidos não passaram de 1 milhão de toneladas. Assim, o Brasil manteve a liderança folgada entre os fornecedores para um dos maiores importadores de soja, a China.

Outro fator que incentivou as compras foi o aumento dos lucros no mercado de farelo de soja. Por isso, os importadores reforçaram os estoques, de olho em margens melhores para o setor de ração animal, contribuindo para as consideráveis importações de soja pela China.

No primeiro semestre de 2025, a China já acumulou 49,37 milhões de toneladas de soja importada, o que representa uma alta de 1,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Este número reflete o papel central da China como importador global.

Para julho, as projeções indicam que o volume deve chegar a 10,48 milhões de toneladas, superando o número registrado em julho de 2024. Consequentemente, o ritmo forte de embarques do Brasil deve seguir firme em agosto, desde que a demanda permaneça aquecida, mantendo as altas importações de soja pela China.

Enquanto isso, o país asiático ainda não oficializou compras expressivas de soja dos Estados Unidos para o quarto trimestre. Portanto, o comportamento do mercado nos próximos meses vai depender das negociações comerciais e do interesse chinês em diversificar os fornecedores para suas importações de soja.

Cenário em números

O resultado reforça a força do agronegócio brasileiro, que se mantém como o principal abastecedor do maior comprador global de soja. Portanto, fatores climáticos, disputas comerciais e condições de mercado continuarão a influenciar diretamente o fluxo das exportações nos próximos meses e, por consequência, as importações de soja pela China.

Fonte: Portal do Agronegócio