Brasil pode compensar tarifas de Trump vendendo para a China? - TVDOPOVO.COM
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sábado , 12 julho, 2025
Lula e Xi Jinping apertam as mãos para acordo comercial enquanto Trump observa ao fundo, representando disputa de tarifas entre Brasil, China e EUA.
Lula e Xi Jinping firmam parceria econômica enquanto Trump impõe novas tarifas aos produtos brasileiros.

O anúncio de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras pelos Estados Unidos, assinado pelo ex-presidente Donald Trump e com vigência a partir de 1º de agosto, reacende um dilema político‑econômico: até que ponto o Brasil pode realinhar suas cadeias produtivas e redirecionar seus produtos — especialmente commodities — para a China, como forma de compensação?

🔍 Cenário atual

Especialistas apontam que, embora o impacto total no PIB seja considerado pequeno, alguns setores — como calçados, aviões, autopeças e suco de laranja — podem sofrer bastante, sobretudo diante de tarifas tão elevadas.

Atualmente, o Brasil já exporta cerca de 25% do seu volume total para a China, incluindo carne bovina, soja, minério de ferro e celulose. Isso abre margem para que esses produtos sejam redirecionados caso a demanda dos EUA seja atingida.

📈 Vantagens e limites

⚠️ Cenário global em ebulição

As tarifas de Trump não seguem apenas uma lógica econômica, mas também têm forte motivação política, em retaliação a disputas internas envolvendo o governo brasileiro. A disputa comercial entre EUA e China segue intensa, com tarifas elevadas de ambos os lados, o que afeta o fluxo global de produtos e matérias-primas. Analistas avaliam que esse choque não deve ter impacto drástico sobre o PIB brasileiro, mas setores mais dependentes dos EUA podem sentir o baque.

Caminhos para driblar as tarifas

Lula e Xi Jinping apertam as mãos durante reunião oficial, simbolizando acordo comercial entre Brasil e China.
Presidente Lula e presidente Xi Jinping reforçam parceria para ampliar exportações brasileiras e driblar tarifas dos EUA.

🧭 Perspectiva para o Brasil

Redirecionar exportações para a China é uma opção realista, mas não resolve tudo sozinho. O Brasil precisa combinar essa estratégia com maior diversificação de mercados, segurança institucional, políticas comerciais consistentes e diálogo internacional para proteger setores mais vulneráveis e garantir a competitividade de suas exportações.

Fonte: BBC Brasil