Golpe com site falso do Enem prejudica milhares de estudantes
Uma quadrilha enganou mais de 35 mil candidatos ao Enem 2024 ao criar sites falsos de inscrição. O grupo copiou o layout do portal oficial do Inep e induziu os estudantes a realizarem pagamentos via Pix. Como consequência, as vítimas perderam a inscrição e a chance de participar da prova. De acordo com a Polícia Federal, os golpistas arrecadaram mais de R$ 3 milhões.

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Polícia Federal prende suspeitos e bloqueia bens
Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Praia Grande (SP), como parte da investigação sobre o golpe aplicado em milhares de candidatos do Enem. Durante a ação, foram detidos suspeitos com extenso histórico criminal. Um deles já acumula 15 registros por estelionato.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos envolvidos, com o objetivo de garantir a reparação dos prejuízos causados às vítimas.
Durante o período oficial de inscrições, entre 27 de maio e 14 de junho de 2024, a quadrilha divulgou os sites falsos em larga escala. Logo após preencherem os formulários, os candidatos realizavam o pagamento para contas ligadas a uma empresa privada. Por sinal, essa mesma empresa já enfrentava reclamações na internet por fraudes anteriores.
Campanha “Só Oficial” orienta candidatos
A operação recebeu o nome de “Só Oficial”, uma estratégia da PF para reforçar a importância do acesso seguro. Por isso, a corporação orienta que os estudantes confiram se o endereço eletrônico possui o domínio ‘gov.br’, que identifica sites oficiais do governo brasileiro. Desse modo, os candidatos podem evitar fraudes semelhantes no futuro.
O Inep confirmou que o período de inscrições para o Enem 2025 encerrou em 13 de junho. Conforme o cronograma nacional, as provas serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro.
Estudantes enfrentam prejuízos acadêmicos e emocionais
Além do impacto financeiro, milhares de jovens viram seus planos educacionais comprometidos. O Enem representa a principal via de acesso ao ensino superior público, incluindo programas como Sisu, Prouni e Fies. Consequentemente, a exclusão de tantos estudantes amplia a desigualdade educacional.
Atualmente, a Polícia Federal continua com as investigações. O objetivo é identificar todos os envolvidos e aplicar as punições previstas para o crime de fraude eletrônica continuada.
Fonte: Agência Brasil