
Com menor oferta de gado para abate e aumento das exportações, os preços do boi gordo tendem a subir no segundo semestre de 2025, segundo analistas do mercado pecuário.
Menor oferta e exportações aquecidas impulsionam projeções de alta
A partir do segundo semestre de 2025, os preços do boi gordo devem subir no Brasil. Essa tendência ocorre porque a oferta de animais para abate será menor, enquanto a demanda internacional por carne bovina segue aquecida.
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Segundo o analista César de Castro Alves, do Itaú BBA, os produtores ainda encontram um mercado abastecido. No entanto, a situação deve mudar nos próximos meses, o que pode favorecer a rentabilidade do pecuarista.
Fase de retenção de fêmeas afeta o ciclo da oferta
Com a expectativa de preços melhores, muitos criadores estão retendo fêmeas para reprodução. Essa decisão, por sua vez, diminui o número de animais disponíveis para o abate no curto prazo. Além disso, a estratégia visa aumentar o rebanho no médio prazo, influenciando diretamente o ciclo pecuário.
Por outro lado, o clima e o custo da alimentação também afetam o ritmo de terminação dos bois. Dessa forma, a disponibilidade de animais prontos tende a cair nos próximos meses.
Exportações seguem firmes e ajudam a sustentar preços
As exportações de carne bovina continuam fortes em 2025. De acordo com especialistas, países como China, Emirados Árabes e Egito mantêm um alto volume de compras. Com isso, parte da produção deixa o mercado interno, o que contribui para a elevação dos preços da arroba.
Se esse ritmo de exportações persistir, os frigoríficos terão que competir mais pelos animais, impulsionando os valores pagos ao produtor.
Expectativa positiva para o pecuarista
O segundo semestre representa uma possível recuperação de margens para quem investiu em nutrição e manejo nos últimos meses. Por isso, muitos produtores enxergam esse período como uma oportunidade.
Ainda assim, o cenário exige atenção. Eventuais barreiras sanitárias, variações climáticas ou instabilidade logística podem interferir na trajetória de alta. Portanto, o planejamento e a gestão de risco continuam sendo fundamentais.
Fonte: Notícias Agrícolas