Pessoa com sobrepeso se pesando em balança digital, simbolizando controle de peso
Imagem representa a realidade de pessoas com obesidade, foco principal de novos tratamentos clínicos

Medicamento SANA demonstra perda de peso ao ativar gasto energético, sem suprimir o apetite. Testes indicam até 3% de redução em 15 dias.

Inovação no combate à obesidade

O medicamento SANA pode transformar o tratamento da obesidade. Desenvolvido por uma empresa sul-americana, ele aumenta o gasto energético do corpo sem reduzir o apetite. Por esse motivo, especialistas consideram essa abordagem promissora.

Enquanto outras drogas atuam no cérebro para provocar saciedade, o SANA estimula o corpo a queimar calorias. Isso ocorre por meio da termogênese dependente de creatina, um processo metabólico que acelera o consumo de energia mesmo em repouso.

Além disso, essa ação não compromete a relação do paciente com a alimentação. Ou seja, o indivíduo perde peso sem sofrer com fome excessiva.

Resultados promissores nos primeiros testes

Os testes com animais já haviam indicado bons resultados. Camundongos submetidos a dietas ricas em gordura perderam até 20% da massa corporal. Eles também apresentaram melhorias importantes na sensibilidade à insulina e redução da gordura no fígado.

Agora, os estudos em humanos começaram a mostrar os primeiros efeitos. Voluntários com obesidade tomaram o medicamento durante 15 dias. Aqueles que usaram a dose mais alta perderam em média 3% do peso corporal, sem relatar redução de apetite ou efeitos colaterais graves.

Portanto, os resultados são animadores. Ainda assim, os cientistas alertam que mais etapas são necessárias antes da liberação comercial.

Novo tipo de tratamento pode estar surgindo

O SANA pode inaugurar uma nova classe de medicamentos antiobesidade. Em vez de gerar aversão à comida, ele atua diretamente no metabolismo. Por ser administrado por via oral, seu uso se torna mais prático e menos invasivo do que os tratamentos injetáveis.

Como consequência, os pacientes tendem a manter a qualidade de vida durante o processo de emagrecimento. Isso pode facilitar a adesão ao tratamento.

Além do mais, médicos avaliam que essa estratégia poderá complementar outras terapias já existentes. Pacientes que não toleram os efeitos colaterais das drogas atuais podem se beneficiar com o novo composto.

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 Mulher com sobrepeso correndo em parque ao ar livre durante o dia
Imagem representa superação e bem-estar físico durante tratamento contra obesidade

Próxima fase será decisiva para o futuro do SANA

A farmacêutica responsável já anunciou um novo estudo. A Fase II contará com cerca de 100 voluntários com obesidade e terá duração de 12 semanas. Os participantes serão acompanhados para avaliar a eficácia prolongada do medicamento.

Caso os resultados se repitam, o SANA avançará para os estudos finais. Assim, o fármaco poderá ser aprovado para uso amplo nos próximos anos.

Enquanto isso, a comunidade científica acompanha com atenção. Afinal, esse tipo de abordagem pode mudar os rumos do combate à obesidade em escala global.

Perspectivas para a saúde pública

Atualmente, a obesidade representa um dos maiores desafios da saúde mundial. Segundo especialistas, o surgimento de medicamentos como o SANA pode oferecer alternativas mais sustentáveis e bem toleradas.

Além disso, cresce o debate sobre políticas públicas de acesso. Será necessário discutir estratégias para inclusão de novos medicamentos nos sistemas de saúde.

Portanto, o avanço do SANA não apenas promete novos tratamentos, mas também pressiona o setor público a se adaptar a uma nova realidade.

FONTE: G1