
Vitamina D no tratamento do câncer de mama mostra resultados promissores
Estudos recentes demonstram que a vitamina D potencializa a resposta tumoral em mulheres com câncer de mama. Durante um tratamento de seis meses, pacientes que tomaram 2 000 UI diárias de vitamina D apresentaram 43% de resposta completa, enquanto apenas 24% do grupo sem suplementação alcançaram o mesmo resultado.
Portanto, a vitamina D pode ser uma aliada poderosa no tratamento oncológico, especialmente quando combinada com a quimioterapia neoadjuvante.
Estudo clínico testou uso da vitamina D durante quimioterapia
Pesquisadores acompanharam mulheres com mais de 45 anos diagnosticadas com câncer de mama. Elas foram divididas em dois grupos. O primeiro recebeu vitamina D diariamente. O segundo grupo utilizou placebo.
Ao final do período, os médicos observaram um desempenho significativamente superior entre as pacientes suplementadas. Além disso, essas mulheres apresentaram menor massa tumoral na cirurgia final. Em outras palavras, o uso contínuo da vitamina contribuiu para um ambiente corporal mais resistente ao câncer.
Suplementação ajuda a reduzir inflamação e proliferação celular
A vitamina D atua em diversos mecanismos do organismo. Primeiramente, ela reduz processos inflamatórios, o que contribui para um sistema imunológico mais equilibrado. Em seguida, ela regula a expressão de genes envolvidos na multiplicação celular.
Consequentemente, as células tumorais perdem força, e o tratamento se torna mais eficaz. Além disso, pesquisas anteriores já sugeriam que manter níveis elevados de vitamina D poderia reduzir o risco de desenvolver câncer de mama. Com os novos dados, essa hipótese ganha ainda mais força.
Dose segura e níveis recomendados
Os especialistas utilizaram uma dose de 2 000 UI por dia, considerada segura e bem tolerada. Durante o acompanhamento, não foram registrados efeitos adversos significativos.
Para alcançar benefícios reais, o ideal é manter os níveis de vitamina D no sangue acima de 60 ng/mL. Embora as recomendações atuais indiquem 20 a 40 ng/mL como faixa segura, os novos resultados sugerem que esse intervalo pode ser insuficiente em casos oncológicos.
Linha do tempo do avanço científico
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Antes de 2025: estudos populacionais indicavam relação entre vitamina D e menor risco de câncer.
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Durante o estudo clínico: suplementação aumentou a resposta tumoral positiva.
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Próximo passo: novas pesquisas, mais amplas e em diferentes regiões, estão sendo planejadas.
Sugestões práticas para pacientes e profissionais
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Inicie o tratamento com exame de sangue para verificar os níveis de vitamina D.
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Converse com o médico sobre a possibilidade de usar 1 500 a 2 000 UI por dia, preferencialmente na forma D3.
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Durante o tratamento, mantenha o monitoramento da função renal e dos níveis de cálcio.
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Além disso, inclua a suplementação no planejamento terapêutico personalizado.
A vitamina D no tratamento do câncer de mama representa uma abordagem acessível, segura e cientificamente promissora. Os dados demonstram um potencial significativo de melhora na resposta à quimioterapia. No entanto, é essencial que cada paciente siga a orientação de seu médico para definir a dose ideal.
Desse modo, a combinação entre medicina tradicional e suplementação nutricional pode oferecer melhores resultados e qualidade de vida às mulheres em tratamento.