Como melhorar a prevenção da influenza aviária em Rondônia nas granjas
Como melhorar a prevenção da influenza aviária em Rondônia nas granjas

O Governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron), intensificou o alerta sobre a importância das medidas de biossegurança na prevenção da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1). O reforço vem após a confirmação da morte de um irerê (espécie de pato silvestre) no Zoológico de Brasília, no Distrito Federal.

A confirmação do caso foi feita na terça-feira (3), e levou ao fechamento do zoológico desde o dia 28 de maio, quando duas aves silvestres foram encontradas mortas no local. O episódio acende o sinal de alerta, sobretudo pelo avanço da doença em países vizinhos e sua detecção em duas regiões do Brasil: Sul e Centro-Oeste.

Prejuízos econômicos e riscos à saúde pública

Além dos impactos à produção avícola, a influenza aviária representa um risco à saúde pública e pode provocar grandes perdas econômicas. Por isso, a Idaron orienta que as propriedades avícolas em Rondônia redobrem as práticas de biossegurança para manter a sanidade do plantel.

Segundo o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, o comprometimento de todos os elos da cadeia produtiva é essencial. “O reforço nas medidas de biossegurança não apenas previne a entrada da influenza aviária nas granjas, como também fortalece a credibilidade do Brasil como fornecedor de carne de frango”, afirmou.

Principais medidas de biossegurança recomendadas pela Idaron

1. Controle de acesso às granjas

  • Implantar barreiras físicas e sanitárias (cercas, portões, pedilúvios e rodolúvios);

  • Restringir o acesso de pessoas e veículos às áreas de produção;

  • Permitir entrada apenas de profissionais autorizados e treinados;

  • Manter registro atualizado de visitantes e funcionários.

2. Higiene e desinfecção

  • Realizar higienização adequada de calçados, roupas e equipamentos antes do ingresso às instalações;

  • Utilizar roupas e calçados exclusivos dentro da granja;

  • Promover desinfecção periódica de galpões, utensílios e veículos.

3. Manejo sanitário rigoroso

  • Adotar manejo sanitário com acompanhamento constante de médico veterinário;

  • Cumprir o calendário de vacinação e testes exigidos pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA);

  • Monitorar diariamente a saúde das aves e notificar à Idaron qualquer sinal suspeito, como:

    • Apatia;

    • Queda na postura;

    • Secreções nasais;

    • Aumento repentino da mortalidade.

4. Proteção contra aves silvestres

  • Instalar telas de proteção em todas as aberturas dos galpões;

  • Eliminar restos de ração e água exposta que atraiam aves migratórias;

  • Manter os galpões fechados e em bom estado de conservação.

5. Capacitação e conscientização

  • Oferecer treinamentos regulares aos funcionários sobre biossegurança e sintomas da influenza aviária;

  • Estimular a cultura da prevenção como responsabilidade coletiva.

6. Comunicação com autoridades sanitárias

  • Estabelecer contato direto com órgãos estaduais e federais de defesa agropecuária;

  • Participar de programas de vigilância e seguir os protocolos de emergência sanitária.