Como os horrores do Holocausto foram revelados ao mundo
Como os horrores do Holocausto foram revelados ao mundo

O começo do fim: a rendição da Alemanha e as primeiras revelações

Em 8 de maio de 1945, a Alemanha assinou sua rendição em Berlim. Embora o conflito continuasse no Oceano Pacífico, a Europa finalmente celebrou o fim da guerra. No entanto, as notícias que emergiam eram perturbadoras. As primeiras imagens e relatos do Holocausto começaram a chocar o mundo, revelando o genocídio orquestrado pelo governo nazista de Adolf Hitler, que exterminou aproximadamente 6 milhões de judeus.

Descobertas impactantes: a libertação dos campos

À medida que os Aliados avançavam, libertavam campos de concentração e extermínio. O primeiro, Majdanek, foi tomado pelo Exército Vermelho em julho de 1944. Em seguida, outros campos, como Auschwitz-Birkenau e Buchenwald, expuseram cenários de horror indescritível.

As tropas norte-americanas chegaram a Buchenwald em abril de 1945. Ao lado de jornalistas como Meyer Levin e Eric Schwab, encontraram prisioneiros esqueléticos e vestígios de execuções. Além disso, civis alemães foram levados ao local e testemunharam o horror — muitos desmaiaram.

O plano nazista: a “solução final”

Em 20 de janeiro de 1942, líderes nazistas participaram da Conferência de Wannsee. Durante o encontro, definiram a deportação de 11 milhões de judeus para trabalhos forçados e posterior extermínio. Como consequência, ainda naquele ano, iniciaram o uso do gás Zyklon B para assassinatos em massa.

O historiador Martin Kitchen relata que Heinrich Himmler expandiu o campo de Auschwitz-Birkenau. Essa expansão permitiu que até 10 mil vítimas fossem mortas por dia. Além dos judeus, os nazistas exterminaram 3 milhões de poloneses não judeus, milhões de civis soviéticos e meio milhão de ciganos.

Bergen-Belsen e o relato de Henry Katina

Em abril de 1945, os britânicos libertaram o campo de Bergen-Belsen, onde 70 mil pessoas morreram. Entre os sobreviventes estava Henry Katina, que depois viveu em Belo Horizonte.

No livro Passagem para a Liberdade, Katina descreveu a chegada dos soldados britânicos.
“Naquela data eu tinha 14 anos e 18 dias. Contudo, não senti a alegria esperada, pois estava fraco e doente demais. Quando toquei no carro dos soldados ingleses, senti um profundo alívio.”

Uma tragédia que o mundo jamais deve esquecer

Os horrores do Holocausto continuam a lembrar o que a intolerância e o ódio podem causar. Estimativas indicam que até 15 milhões de pessoas morreram sob a chamada “Nova Ordem Racial” nazista. Portanto, o mundo jamais poderá esquecer esses crimes brutais.