Lewandowski Defende Atuação de Escritório do Filho em Caso do INSS - TVDOPOVO.COM
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sexta-feira , 18 julho, 2025
Lewandowski garante legalidade do escritório do filho em fraudes no INSS
Lewandowski garante legalidade do escritório do filho em fraudes no INSS

Lewandowski garante legalidade da atuação do escritório do filho no caso do INSS

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, defendeu nesta terça-feira (29/4) a atuação do escritório de advocacia do filho, Enrique Lewandowski. Segundo ele, a contratação seguiu rigorosamente a legislação e os princípios éticos da advocacia.

Durante a audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, Lewandowski rebateu os questionamentos dos parlamentares. Além disso, destacou que a contratação foi pública, com impostos recolhidos regularmente e atuação dentro do Código de Ética da OAB.

“A advocacia não pode ser criminalizada. O advogado representa, mas não se confunde com o cliente. Todos os crimes serão investigados e punidos”, afirmou Lewandowski.

Com isso, o ministro reforçou o compromisso do governo e da Polícia Federal (PF) em responsabilizar os culpados.

Contrato visava manter acordo com o INSS, diz ministro

Em dezembro de 2024, o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap) contratou o escritório Enrique Lewandowski Advogados e outras bancas. O objetivo foi assegurar a manutenção do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS.

Esse acordo permitia descontos diretamente nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas. No entanto, investigações da PF apontam que o mecanismo facilitou práticas irregulares.

Operação Sem Desconto revela esquema de fraudes no INSS

No dia 23 de abril, a Polícia Federal lançou a Operação Sem Desconto para desmantelar o esquema. A investigação, iniciada após reportagens do Metrópoles, revelou cobranças indevidas em aposentadorias, sem consentimento dos beneficiários.

As fraudes geraram um salto no faturamento das entidades, passando de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões mensais. Assim, o valor anual estimado chegou a R$ 2 bilhões, mesmo com milhares de processos judiciais abertos.

Além disso, as investigações mostraram que dirigentes utilizavam laranjas para ocultar a identidade dos verdadeiros beneficiários do esquema.

Escândalo agrava a tensão política entre governo e oposição

A revelação do esquema impulsionou uma guerra de narrativas em Brasília. De um lado, a oposição acusa o governo Lula de negligência. Por outro, aliados destacam que a maioria das autorizações investigadas ocorreu durante a gestão Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

O diretor-geral da PF, Andrei Passos, assegurou que as investigações avançam com independência. Ainda segundo ele, todos os responsáveis enfrentarão punições severas.