Medicamento para Alzheimer aprovado pela Anvisa atua nas placas cerebrais
Medicamento para Alzheimer aprovado pela Anvisa atua nas placas cerebrais

Anvisa libera donanemabe para tratar Alzheimer em fase inicial

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Kisunla (donanemabe), que combate o Alzheimer em estágio inicial. O remédio, classificado como um anticorpo monoclonal, atua diretamente sobre as placas de beta-amiloide, formadas no cérebro de pacientes com a doença.

Essas placas comprometem as funções cerebrais, mas o donanemabe consegue reduzi-las de forma significativa, o que retarda a progressão do Alzheimer. Portanto, essa aprovação representa um avanço importante no tratamento da doença.

Estudo clínico comprova a eficácia do novo tratamento

Pesquisadores analisaram o impacto do donanemabe em 1.736 pacientes diagnosticados com Alzheimer precoce. Ao longo do estudo, os participantes receberam doses crescentes do medicamento a cada quatro semanas, enquanto outro grupo recebeu placebo.

Como resultado, os pacientes que usaram o donanemabe demonstraram menor progressão clínica da doença na 76ª semana, em comparação com os que tomaram placebo. A diferença foi estatisticamente significativa, o que reforça a eficácia do tratamento.

Quem não pode usar o novo medicamento para Alzheimer

Segundo a Anvisa, pessoas que tomam anticoagulantes como varfarina ou que apresentam angiopatia amiloide cerebral não devem usar o donanemabe. Para esse grupo, os riscos do tratamento superam os possíveis benefícios.

Reações adversas mais comuns no uso do donanemabe

Os efeitos colaterais mais relatados envolvem reações no momento da infusão, como febre, dor de cabeça e sintomas parecidos com os da gripe. Ainda assim, a agência garante que manterá monitoramento rigoroso da segurança e eficácia do medicamento. Além disso, foi estabelecido um Plano de Minimização de Riscos, obrigatório para a continuidade do uso.

Entenda o Alzheimer e como ele afeta o cérebro

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que destrói gradualmente a memória, a linguagem e outras funções cognitivas. A condição provoca o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro, principalmente nas regiões responsáveis pela memória e raciocínio, como o hipocampo e o córtex cerebral.

Embora a causa exata ainda seja desconhecida, fatores genéticos parecem influenciar o desenvolvimento da doença. Por isso, a identificação precoce e o início do tratamento são fundamentais.

SUS oferece tratamento gratuito para pacientes com Alzheimer

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece tratamento integral e gratuito para pacientes com Alzheimer. Esse atendimento inclui acompanhamento multidisciplinar, medicação e apoio familiar.

Além dos cuidados médicos, o suporte diário de cuidadores e familiares é essencial para preservar a qualidade de vida do paciente. Afinal, a atenção contínua em casa complementa os serviços prestados pelos centros de referência e clínicas especializadas.