Corrupção e Cristina Kirchner: EUA Detalham Acusações e Banimento
Corrupção e Cristina Kirchner: EUA Detalham Acusações e Banimento

Em decisão anunciada nesta sexta-feira (21), o governo dos Estados Unidos proibiu a entrada da ex-presidente argentina Cristina Kirchner em seu território. A medida ocorreu devido ao que Washington chamou de “envolvimento em corrupção significativa”. Além disso, familiares imediatos da ex-presidente também sofreram restrições.

Detalhes da decisão dos EUA contra Cristina Kirchner

Segundo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, Cristina Kirchner e o ex-ministro argentino do Planejamento, Julio Miguel De Vido, abusaram de suas posições. Ambos teriam orquestrado esquemas de suborno em contratos de obras públicas, obtendo benefícios financeiros ilegais. Os EUA afirmam que esses esquemas desviaram milhões de dólares dos cofres públicos argentinos.

O comunicado oficial destaca ainda que as ações de Kirchner e De Vido prejudicaram a confiança da população argentina e dos investidores internacionais sobre o futuro do país.

Familiares e colaboradores próximos também enfrentam restrições

A decisão também impede a entrada nos EUA dos familiares imediatos de Cristina Kirchner e Julio Miguel De Vido. Dessa forma, as sanções norte-americanas reforçam o combate internacional à corrupção.

Histórico político e legal de Cristina Kirchner

Cristina Kirchner governou a Argentina em dois mandatos consecutivos (2007-2015), sucedendo seu marido, o falecido Néstor Kirchner. Após esse período, tornou-se vice-presidente no governo de Alberto Fernández (2019-2023).

Nos últimos anos, entretanto, a ex-presidente enfrentou uma queda de popularidade em razão do avanço das acusações e processos judiciais. Em dezembro passado, um tribunal argentino confirmou sua condenação em primeira instância por direcionar contratos públicos a um empresário próximo. Ela recebeu uma sentença de seis anos de prisão e uma proibição permanente para exercer cargos públicos.

Cristina Kirchner nega todas as acusações e aguarda atualmente a análise do caso pela Suprema Corte argentina.

Repercussão internacional

A decisão dos EUA reforça a posição internacional contra a corrupção envolvendo líderes políticos da América Latina. Além disso, evidencia o papel ativo dos Estados Unidos em aplicar sanções contra autoridades envolvidas em corrupção em nível global.