Ilustração mostra o avanço do gelo sobre a Europa diante do risco de colapso das correntes oceânicas do Atlântico Norte.
Um colapso no sistema de correntes oceânicas que regula o clima do hemisfério norte pode levar a Europa a enfrentar uma nova era do gelo antes do previsto. Este colapso no oceano era do gelo na Europa é uma preocupação crescente. A conclusão vem de um estudo internacional publicado na revista Environmental Research Letters, apontando para um colapso no oceano era do gelo na Europa.
Pesquisadores analisaram a Circulação Meridional de Revolvimento do Atlântico (AMOC), responsável por transportar calor dos trópicos para o Atlântico Norte. Segundo o estudo, o sistema pode atingir um ponto de inflexão já nas próximas décadas. Um colapso no oceano era do gelo na Europa é uma possibilidade real se essas mudanças continuarem.
Corrente oceânica mantém clima ameno na Europa
A AMOC funciona como um aquecedor natural da Europa. Ela leva água quente para o norte e devolve água fria para as profundezas do oceano. Esse mecanismo mantém o clima europeu mais ameno do que o de regiões na mesma latitude.
No entanto, o aquecimento global enfraquece esse processo. Com oceanos mais quentes, a água superficial perde densidade. Assim, ela afunda menos e reduz a circulação de calor.
Frio extremo e secas no mesmo continente
Os modelos climáticos indicam invernos muito mais rigorosos. Algumas regiões podem registrar temperaturas abaixo de 30 graus negativos. Cidades do norte da Europa enfrentariam frio intenso e prolongado.
Ao mesmo tempo, a redução do transporte de umidade causaria verões mais secos. Esse cenário aumentaria o risco de secas severas e desertificação em partes do continente.
Ponto de inflexão pode ocorrer nas próximas décadas
Relatórios anteriores do IPCC indicavam menor risco de colapso neste século. Porém, o novo estudo apresenta um cenário mais alarmante. Em várias simulações, o sistema entra em colapso logo após atingir um ponto crítico. O evento conhecido como colapso no oceano era do gelo na Europa é uma ameaça que pode ocorrer.
Os pesquisadores identificaram áreas-chave do Atlântico Norte como mais vulneráveis. Entre elas estão os mares de Labrador, Irminger e Nórdico. Essas regiões influenciam diretamente o clima europeu.
Degelo da Groenlândia agrava o risco
O derretimento do gelo da Groenlândia pode acelerar o colapso da AMOC. A entrada de grandes volumes de água doce reduz a salinidade do oceano. Com isso, a circulação enfraquece ainda mais.
Segundo os cientistas, muitos modelos não consideram totalmente esse fator. Por isso, o risco real pode ser maior do que o estimado.
Impacto climático global e duradouro
Especialistas alertam que o colapso da AMOC teria efeitos globais. Mudanças nos padrões de chuva afetariam a África e a América do Sul. A recuperação do sistema poderia levar séculos.
A redução rápida das emissões de gases de efeito estufa ainda pode diminuir o risco. Mesmo assim, os cientistas afirmam que o tempo para evitar impactos severos está se esgotando.