Tempestade avança sobre a região Sul durante a formação do ciclone extratropical
A partir desta terça-feira (9), um ciclone extratropical muda o tempo e, consequentemente, provoca tempestades em boa parte do Centro-Sul do Brasil. Segundo a Climatempo e o Inmet, o sistema se intensifica rapidamente e, portanto, pode gerar volumes elevados de chuva, rajadas acima de 100 km/h e condições severas principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Além disso, os efeitos se estendem ao Sudeste e ao Centro-Oeste.
Ciclone se intensifica e avança rapidamente pelo Sul
O fenômeno se forma entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o Rio Grande do Sul. Em seguida, cruza o território gaúcho de oeste para leste. Como a pressão atmosférica está muito baixa, o ambiente favorece a formação de nuvens do tipo cumulonimbus, que, por sua vez, podem provocar granizo, ventos fortes e raios. Além disso, meteorologistas não descartam a possibilidade de rajadas destrutivas associadas a tornados.
As Defesas Civis estaduais, portanto, já emitiram alertas reforçando os riscos de vento intenso, enxurradas e alagamentos, sobretudo no litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Regiões mais afetadas
Sul
O Sul será, de fato, a região mais atingida.
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Rio Grande do Sul: temporais desde a madrugada e ventos ainda mais intensos ao longo da quarta-feira.
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Santa Catarina: risco alto a muito alto para enxurradas, granizo e rajadas superiores a 100 km/h.
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Paraná: instabilidade contínua e possibilidade de granizo, especialmente entre terça e quarta.
Sudeste
Embora o ciclone não alcance diretamente o Sudeste, seus efeitos atmosféricos avançam para a região e, por isso, ampliam o risco de tempestades isoladas.
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São Paulo: ventos de 50 km/h a 70 km/h, podendo ultrapassar esse valor no litoral e na Grande SP.
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Rio de Janeiro: rajadas fortes no centro-sul fluminense, além da Serra e Região Metropolitana.
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Minas Gerais: instabilidade no Sul de Minas, Zona da Mata, Triângulo e Grande Belo Horizonte.
Assim, mesmo sem o núcleo do ciclone, parte do Sudeste deve enfrentar chuva intensa e vento moderado a forte.
Centro-Oeste
No Centro-Oeste, a instabilidade aumenta principalmente por causa da atuação indireta do sistema.
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Mato Grosso do Sul: estado mais afetado, com pancadas moderadas a fortes e ventos que podem chegar a 70 km/h.
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Mato Grosso e Goiás: chuvas moderadas e ventos de 40 km/h a 50 km/h, especialmente à tarde.
Como resultado, a região terá um dia marcado por aquecimento, umidade e risco de trovoadas.
Principais riscos previstos
O avanço do ciclone extratropical deve provocar uma série de impactos, entre eles:
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Rajadas de 90 km/h a 120 km/h entre RS e SC
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Chuvas intensas em curto período, com alagamentos
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Queda de granizo localizada
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Mar agitado e ondas de até 3,5 metros no litoral sul
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Instabilidade prolongada e risco de danos estruturais, como queda de energia
Portanto, autoridades reforçam a necessidade de atenção e acompanhamento constante dos avisos meteorológicos.
Quando o ciclone deve se afastar
O centro do ciclone deve alcançar o mar entre a madrugada e a manhã desta quarta-feira (10), na altura do litoral gaúcho. Depois disso, ele segue para alto-mar e, gradualmente, se afasta do Brasil até quinta-feira (11). Contudo, mesmo após o afastamento, o Sul continuará enfrentando ventos fortes e mar agitado.
Recomendações de segurança
As Defesas Civis alertam que a população deve adotar medidas preventivas, sobretudo durante o pico do sistema:
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Evitar áreas costeiras e mar aberto
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Não se abrigar sob árvores
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Manter distância de redes elétricas
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Reforçar telhados e retirar objetos soltos
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Acompanhar boletins oficiais e, se necessário, evacuar áreas de risco
Desse modo, é possível reduzir danos e garantir segurança durante a passagem do fenômeno.
Previsão para os próximos dias
Com o afastamento do ciclone, o tempo começa a estabilizar no Sul a partir de quinta-feira (11). No entanto, o Sudeste ainda terá instabilidade pontual e temperaturas mais amenas. No Centro-Oeste, o calor retorna, mas com pancadas isoladas ao longo do dia. Como dezembro costuma registrar sistemas severos, meteorologistas reforçam que a intensidade atual exige monitoramento constante.
Fonte: G1