Homem de bicicleta atravessa calçadão sob chuva forte em Vitória, ilustrando a instabilidade provocada pela frente fria e pelo corredor de umidade.
Início da semana marcado por instabilidade
A chegada de uma frente fria e corredor de umidade mudou o padrão atmosférico e espalhou instabilidade sobre grande parte do Brasil. Assim, o sistema avançou pelo Sudeste entre segunda e terça-feira, impulsionando áreas de chuva intensa e queda de temperatura, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
De acordo com a Climatempo, o transporte de umidade da Amazônia intensificou as nuvens de tempestade e ampliou o risco de episódios de chuva forte e rajadas de vento no Centro-Oeste e no Sudeste. Por isso, cidades dessas regiões devem enfrentar tardes e noites com pancadas frequentes ao longo da semana.
Regiões com maior risco de temporais
A instabilidade atinge com força um conjunto expressivo de estados. Entre terça e quinta-feira, os maiores acumulados devem ocorrer em:
Além disso, o deslocamento da frente fria, combinado ao ar quente pré-existente, favorece a formação de tempestades isoladas com raios, ventos fortes e eventual queda de granizo, segundo a MetSul.
Formação do corredor de umidade
O sistema atmosférico cria um corredor de umidade que se estende do Sudeste ao litoral do Nordeste e alcança áreas do Norte. Desse modo, o padrão de instabilidade deve permanecer até o fim da primeira semana de dezembro, mantendo volumes elevados de chuva e períodos prolongados de nebulosidade.
Mapas meteorológicos mostram acumulados expressivos sobre Goiás, Mato Grosso, centro-norte de Minas, Bahia e Espírito Santo. Por consequência, essas regiões podem registrar episódios de chuva forte sobretudo entre sexta e domingo.
Queda acentuada das temperaturas
Com a entrada do ar mais frio, várias capitais terão máximas bem abaixo das registradas no fim de novembro. Em São Paulo, por exemplo, a temperatura caiu de 35°C para valores próximos de 24°C. Enquanto isso, Campo Grande também registrou queda significativa, passando de 34°C para cerca de 27°C.
No Rio de Janeiro, a semana avança com marcas mais amenas e, portanto, a quinta-feira deve ter máximas próximas de 26°C.
Como deve ficar o tempo em dezembro
As projeções do Inmet indicam que dezembro terá comportamento diferente do observado em novembro, quando predominaram sol forte e calor intenso. Agora, a tendência é de chuvas acima da média em grande parte do Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste, com exceção da região Sul, onde o volume tende a ser menor.
Segundo a Climatempo, a presença de vários corredores de umidade e episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) deve manter muitas áreas cobertas por nuvens densas e chuvas persistentes. Além disso, períodos de céu carregado devem contribuir para temperaturas mais baixas ao longo do mês.
Panorama regional
Sul
O Paraná e Santa Catarina devem registrar temperaturas abaixo da média. No Rio Grande do Sul, contudo, há chance de episódios de calor, embora a chuva deva ficar abaixo do esperado para o período.
Sudeste
A temperatura tende a ficar abaixo da média em todos os estados devido ao excesso de nebulosidade e à atuação de sucessivas frentes frias. Por isso, o mês será marcado por precipitações frequentes e volumes acima do normal.
Centro-Oeste
Chuvas intensas devem atingir Mato Grosso e Goiás, impulsionadas pelos corredores de umidade. Além disso, a tendência é de temperatura ligeiramente abaixo da média, com eventuais picos de calor isolado.
Norte
Grande parte da região terá precipitação acima da média, especialmente no Pará, Tocantins, Amapá e Rondônia. Do mesmo modo, as temperaturas devem ficar um pouco abaixo do habitual.
Nordeste
Diferentemente das demais regiões, dezembro será mais quente, com marcas acima da média em quase todo o território. As chuvas ficam dentro do padrão; porém, áreas do Piauí, Maranhão, centro-oeste da Bahia e noroeste do Ceará podem registrar volumes levemente superiores.
Cenário climático para os próximos dias
A combinação entre frente fria e corredor de umidade reforça a instabilidade e marca o início de dezembro com um cenário típico de transição atmosférica. Assim, o aumento da nebulosidade, as chuvas fortes, a queda de temperatura e o risco de tempestades isoladas caracterizam a semana inicial do mês. Esse padrão deve persistir e influenciar diretamente o clima em várias regiões do Brasil.
Fonte: G1