O avanço de um ciclone no litoral intensifica a chuva, provoca instabilidade e altera o clima em várias regiões do Brasil.
A formação de um ciclone no litoral do Sudeste entre terça-feira (25) e quarta-feira (26) reorganizou o clima em diferentes partes do Brasil. O fenômeno intensificou áreas de instabilidade e trouxe temporais acompanhados de ventos fortes, sobretudo em regiões próximas à costa. Além disso, os acumulados podem chegar a 200 milímetros no Rio de Janeiro, Espírito Santo e norte de Minas Gerais, o que aumenta o potencial de alagamentos e enxurradas.
Como o sistema atua próximo ao oceano, ele também interfere na temperatura e no ritmo da chuva em outras regiões. Dessa forma, o mapa climático do país mudou ao longo do dia, com efeitos percebidos desde o Sul até o Norte. A formação de ciclone no mar teve impacto significativo.
Sul tem alívio parcial, mas litoral ainda apresenta instabilidade
Depois de vários dias de temporais, o Sul voltou a registrar períodos de tempo firme. Mesmo assim, áreas serranas do Paraná e de Santa Catarina mantiveram chuva fraca a moderada, enquanto rajadas de vento chegaram a 50 km/h em trechos costeiros. As capitais tiveram temperaturas mais amenas, e o clima oscilou moderadamente ao longo do dia.
Sudeste registra chuva intensa e segue em alerta para deslizamentos
À medida que o ciclone avançou próximo à costa, as instabilidades ganharam força no Sudeste. Por isso, o risco de chuva intensa aumentou no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, no norte de Minas e no litoral paulista. Os volumes variaram entre 100 e 200 milímetros, especialmente em áreas próximas ao mar.
Cemaden mantém alerta moderado para alagamentos e deslizamentos no Sudeste por conta de ciclone
Com o solo encharcado, o Cemaden manteve alerta moderado para alagamentos, enxurradas e deslizamentos em encostas do Rio de Janeiro, do litoral norte de São Paulo e da Grande São Paulo. Em áreas litorâneas próximas ao ciclone no mar, os riscos tornaram-se ainda maiores. Em regiões de serra e áreas urbanas densamente ocupadas, o risco tornou-se ainda maior.
Centro-Oeste mantém calor, abafamento e pancadas típicas
No Centro-Oeste, o calor predominou e reforçou pancadas isoladas de chuva, sobretudo em Mato Grosso e Goiás. Em Mato Grosso do Sul, o tempo abriu mais, já que a umidade caiu no sul do estado e o céu ficou parcialmente limpo.
Mesmo com as variações, as capitais registraram sol forte, abafamento e chuvas rápidas no fim da tarde, o que caracterizou o padrão típico de pré-verão.
Nordeste alterna instabilidade no interior e calor no litoral
No Nordeste, a instabilidade se concentrou no sul e oeste da Bahia, no Maranhão e no Piauí. Nessas áreas, o calor combinado à umidade favoreceu pancadas moderadas a fortes. Por outro lado, o litoral das regiões próximas ao Maranhão, Piauí e Ceará registrou chuvas intercaladas, enquanto no litoral a instabilidade dos mares influenciava o clima.
Norte enfrenta chuva volumosa e temporais isolados
No Norte, áreas de instabilidade continuaram ativas e provocaram chuva forte em Amazonas, Roraima, Acre e Rondônia. Em alguns pontos, temporais ocorreram de forma isolada. Além disso, no Pará e em Tocantins, o clima variou entre céu nublado, aberturas de sol e pancadas rápidas. Enquanto isso, a influência de um ciclone no mar seguiu afetando a região. Já o Amapá manteve tempo mais firme, embora o calor tenha persistido nas capitais.