Brasil testa nova técnica contra câncer de mama

Procedimento congela tumores pequenos e promete tratamento menos invasivo

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Avanço nos testes de um método menos agressivo

O Brasil iniciou os testes de uma nova técnica contra câncer de mama, baseada no congelamento do tumor por meio da crioablação. O estudo está em fase 3 e ocorre em dez centros de saúde do estado de São Paulo. Entre eles, está o Hospital de Amor, em Barretos, reconhecido nacionalmente pelo atendimento oncológico.

A proposta é confirmar, em larga escala, a segurança e a eficácia de um método que pode diminuir a necessidade de cirurgias tradicionais. Além disso, o tratamento se mostra mais rápido e menos doloroso, o que representa um ganho importante na qualidade de vida das pacientes.

Como funciona o congelamento do tumor

A crioablação utiliza uma sonda fina guiada por ultrassom. Ao atingir o tumor, ela provoca temperaturas extremamente baixas e forma uma “bola de gelo” ao redor da lesão. Dessa forma, as células cancerosas são destruídas sem cortes amplos ou procedimentos mais invasivos.

O procedimento dura cerca de uma hora, ocorre com anestesia local e permite que a paciente volte para casa no mesmo dia. Além disso, a recuperação costuma ser mais tranquila, já que a técnica reduz dor, sangramento e desconforto. Estudos anteriores apontam maior eficácia em tumores iniciais, menores de 2 centímetros.

Estudo deve incluir 750 voluntárias

O ensaio clínico é coordenado pelo Hospital do Coração (HCor) e reúne universidades e centros especializados em saúde da mulher. Como esta etapa analisa resultados em larga escala, os pesquisadores pretendem incluir 750 voluntárias nos próximos dois a três anos.

Todas passam por avaliação rigorosa antes do procedimento, seguindo protocolos éticos e regulatórios. O acompanhamento pode durar até 15 anos, o que permite analisar a segurança da técnica ao longo do tempo. Além disso, interessadas podem solicitar informações diretamente pelo canal divulgado pelos pesquisadores.

Prevenção continua sendo essencial

Apesar desse avanço científico, especialistas reforçam que a prevenção segue como a principal forma de reduzir mortes por câncer de mama. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa neoplasia representou 29% dos diagnósticos de câncer no Brasil em 2024.

Quando identificado no início, as chances de cura ultrapassam 90%. Por isso, exames regulares, mamografias e atenção aos sinais do corpo continuam indispensáveis. Assim, as mulheres ampliam o acesso a tratamentos modernos como a crioablação e aumentam as possibilidades de recuperação total.

Fonte: Só Notícia Boa