Anvisa suspende marcas de glitter usadas irregularmente em alimentos

Agência determina recolhimento imediato após identificar plástico e substâncias desconhecidas em produtos vendidos para confeitaria

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Uso irregular acende alerta sanitário

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu quatro marcas de glitter que eram comercializadas como ingredientes de confeitaria. Entre as preocupações estava o glitter irregular em alimentos, pois a decisão surgiu após análises encontrarem plástico e materiais não identificados na composição. Por isso, o órgão classificou os itens como glitter irregular em alimentos, o que elevou o risco sanitário e exigiu medidas imediatas.

Agência também notificou comércios eletrônicos para suspensão das propagandas (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Além disso, alguns produtos continham a substância chamada “metal de transição laminado atômico 99”, que não possui referência segura para ingestão. Dessa forma, a agência reforçou que esses itens jamais poderiam integrar receitas, mesmo que embalagens ou vendedores sugerissem uso alimentar, principalmente devido ao glitter irregular.

Marcas proibidas pela Anvisa

Glitters eram vendidos como comestíveis (Imagem: Reprodução)

A suspensão abrange quatro fabricantes:

  • Glitz – Glitter para Decoração (várias cores)

  • Jeni e Joni – Glitter/Brilho para Decoração, Pó para Decoração, Pó de Ouro, Floco de Ouro, Floco de Prata e Floco Rose Gold

  • Iceberg Chef – Glitter Glow e Glitter Shine

  • Jady Confeitos – Glitter para Decoração

As análises revelaram partículas plásticas e ingredientes incompatíveis com alimentos. Além disso, as embalagens sugeriam aplicação direta em bolos e doces, o que contrariava a regulamentação sanitária. Assim, utilizar glitter irregular em alimentos expõe os consumidores a riscos.

Plataformas online recebem notificação

Além da suspensão, a Anvisa notificou plataformas como Amazon, Shopee, Mercado Livre e Magazine Luiza. A orientação determinou a retirada dos anúncios e o bloqueio de novas vendas, garantindo que os produtos deixassem de circular rapidamente. Como resultado, a decisão alcançou tanto o comércio físico quanto o digital.

Consumidores devem buscar orientação

Quem comprou algum dos produtos deve entrar em contato direto com os fabricantes para solicitar instruções de devolução. A agência lembrou que o recolhimento é responsabilidade das empresas e precisa ocorrer de forma integral. Assim, o consumidor não deve permanecer com os itens em casa, já que eles representam risco à saúde devido ao uso de glitter irregular em alimentos.

Fonte: Olhar Digital