Senado vota isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, proposta confirmada por Davi Alcolumbre.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, conduz sessão que votará a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

O Senado Federal deve votar, nesta quarta-feira (5), a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A confirmação veio do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que anunciou a inclusão do tema como primeiro item da pauta.
A proposta é vista como um avanço importante, já que pretende reduzir a carga tributária de trabalhadores e servidores de renda média.

Senado acelera a análise da proposta

Durante a manhã, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o projeto em votação simbólica e autorizou a tramitação em regime de urgência. Com isso, o texto pode ser analisado e votado pelo plenário ainda hoje.

Segundo Alcolumbre, o Senado atua para modernizar o sistema tributário nacional e garantir mais justiça fiscal.

“O tema é prioritário. Ele representa um compromisso com o trabalhador e com o equilíbrio das contas públicas”, afirmou o presidente.

Além disso, a proposta conta com o apoio de parlamentares de diferentes partidos, o que deve facilitar sua aprovação.

O que muda para o contribuinte

O texto propõe isenção total para quem recebe até R$ 5 mil mensais e isenção parcial para rendas de até R$ 7.350.
Acima desse valor, as regras atuais permanecem válidas, sem alteração na tabela progressiva.

Por outro lado, para equilibrar as contas, o projeto cria uma tributação mínima de 10% sobre rendas anuais acima de R$ 600 mil, o equivalente a cerca de R$ 50 mil mensais.
Essa cobrança incidirá apenas sobre o valor que ultrapassar o limite, o que evita impacto direto sobre a classe média.

Dessa forma, o Senado tenta reduzir a desigualdade tributária sem comprometer a arrecadação nacional.

Taxação de lucros e dividendos

Além da isenção salarial, o texto também prevê tributação de 10% sobre lucros e dividendos enviados ao exterior.
Essa medida busca compensar a queda na arrecadação federal.

De acordo com o projeto, empresas poderão distribuir os lucros referentes ao ano de 2025 até 2028, garantindo tempo para adaptação.
No entanto, os resultados apurados até 2024 e aprovados para distribuição até 31 de dezembro continuarão isentos de Imposto de Renda na fonte.

Com isso, o Senado pretende alinhar o Brasil às boas práticas internacionais de tributação e reforçar o equilíbrio fiscal.

Expectativa de aprovação ampla

A votação deve ocorrer ainda nesta quarta-feira, e a expectativa é de aprovação quase unânime.
Se o texto passar no Senado, seguirá para sanção presidencial e poderá entrar em vigor já em 2026.

Segundo economistas, a medida deve gerar impacto positivo no consumo interno, pois amplia o poder de compra da população e alivia o orçamento familiar.
Além disso, especialistas afirmam que o projeto corrige uma defasagem histórica de mais de 150% na tabela do IR, acumulada nas últimas décadas.

Por que a mudança é relevante

A ampliação da isenção do IR até R$ 5 mil representa um passo importante na busca por justiça tributária.
Atualmente, milhões de brasileiros pagam mais imposto do que deveriam, justamente porque a tabela não acompanhou a inflação.

Com a nova faixa, o Senado tenta corrigir esse desequilíbrio e promover maior equidade fiscal.
Consequentemente, o trabalhador médio deve sentir alívio real no bolso e estímulo ao consumo interno.

O que representa essa decisão para o país

A votação da isenção do IR até R$ 5 mil marca um momento decisivo para a política fiscal do país.
O projeto mostra que o Congresso tenta equilibrar responsabilidade fiscal e sensibilidade social, ao mesmo tempo em que busca simplificar a tributação.

Se for aprovado, o texto trará alívio imediato aos contribuintes e consolidará o Senado como protagonista na reforma tributária de 2025.

Fonte: CNN Brasil